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Análise: Party Hard 2 (Multi) – o assassino de festas ataca novamente

Invada sorrateiramente as festas mais estranhas do mundo e promova matanças enquanto revela um escândalo corporativo.

Lançado em 2018 para PC, Party Hard 2 chega em setembro aos consoles da atual geração trazendo uma aventura despretensiosa, curiosa e controversa sobre um cara que só queria dormir, mas a barulheira dos vizinhos desperta um comportamento violento que o leva a se tornar um serial killer de festas. A festa será, literalmente, de arromba!

Eu só queria dormir, cara!

A trama de Party Hard 2 tem início praticamente da mesma forma que seu antecessor. Darius é um cidadão comum, com uma rotina chata e cansativa resumida a acordar cedo, trabalhar e cuidar de sua vida medíocre. Recém-tratado da psicose que o tornou conhecido como o Party Killer, nosso camarada novamente tem sua psiquê assassina provocada pelos vizinhos que realizam festas barulhentas noite adentro. O jovem passa a invadi-las para promover matanças e assim conseguir sua merecida noite tranquila de sono.

A história é narrada em um programa de TV sobre assassinos famosos, que recebe como convidada a médica que tratou Darius para falar sobre os novos casos do Party Killer, que iniciou mais uma onda de matança em festas ligadas a pessoas conhecidas do rapaz e a um possível escândalo envolvendo a empresa onde o nosso perturbado protagonista trabalhava.
Darius, tratado, tem uma vida praticamente normal

Festa da matança

Em Party Hard 2 temos uma evolução significativa em comparação com seu antecessor. No primeiro jogo tínhamos como objetivo único matar todos os convidados de várias festas pelos Estados Unidos para progredir no game. Na sequência, as festas são maiores, mais loucas, cheias de gente estranha e com novos objetivos a serem cumpridos para avançar.

Todas as festas possuem objetivos mandatórios, que podem ser o de matar todos os presentes ou apenas alvos específicos. Alguns são adicionados ao concluir os primeiros, mas para seguir adiante na campanha é preciso concluir um dos dois grupos obrigatórios.


O jogador tem a liberdade de escolher qual dos dois grupos de objetivos quer concluir para passar de fase, mas também pode rodar pelo local por mais tempo para concluir tarefas extras como invadir salas bloqueadas, encontrar itens específicos ou ativar determinados eventos. Um comando ativa um modo de visualização especial, destacando quem são os alvos e também outros elementos com os quais podemos interagir, como locais para esconder corpos, atalhos, itens e armadilhas.
Ativando o Instinto, alvos e elementos que podem ser usados no local são destacados. 
Darius ou um dos outros três personagens extras disponíveis para jogar possuem habilidades especiais e armas específicas. Destes, dois são desbloqueados após acumular uma determinada quantidade de pontos, obtidos com base em seu desempenho durante o jogo, que envolve ações como não ser visto assassinando convidados, escapar de policiais e cumprir os objetivos adicionais de cada fase.

A forma como estes objetivos devem ser concluídos é um dos pontos altos do título. O importante é ser discreto, mas toda improvisação é bem-vinda, fazendo cada tentativa dificilmente ter o mesmo rumo que a anterior. Se o jogador morre ou é pego pela polícia, deve reiniciar todo seu progresso na festa atual, mas com leves modificações no cenário, como a disposição de alguns personagens e itens.

Todo local possui pontos que nos permitem cortar caminhos, esconder corpos ou preparar armadilhas para pegar os alvos. É importante estar sempre pronto para improvisar suas ações para chamar a atenção nos momentos certos e ser discreto nas horas que a polícia estiver rondando a área porque foi chamada por alguém que viu um corpo ou o jogador agindo de forma suspeita. É sempre bom gastar um tempo vendo o comportamento da festa para planejar sua próxima ação.


Temos à nossa disposição uma variedade de itens que podem ser encontrados, combinados para criar novos e usados para proporcionar distrações e guiar suas vítimas até locais mais propícios para um abate furtivo, sem despertar a atenção de outros convidados. Uma outra novidade no arsenal de Darius é um movimento especial que permite matar rapidamente várias vítimas dentro de uma área de ação. Um movimento poderoso, mas que pode comprometê-lo se usado num momento inoportuno. Após seu uso, alguns abates devem ser realizados para recarregar a habilidade.

Outra novidade interessante nesta sequência é a adição do modo cooperativo local, permitindo que dois jogadores trabalhem em conjunto para realizar todas as atividades de cada fase. Quem foi que disse que convidado não convida, não é mesmo?

Até o sol raiar

A apresentação em pixel art continua como padrão na série, ajudando a amenizar a violência do título e realçada com a adição de elementos em 3D, permitindo a criação de mapas maiores e mais interativos. Com controles simples e intuitivos, Party Hard 2 se mostra uma sequência competente, honesta e, apesar da violência gratuita, um jogo divertido para quem curte experiências que exigem do jogador um toque de estratégia e criatividade.

Prós

  • Controles simples e intuitivos;
  • Arte pixelada dá um ar de simplicidade e ameniza a violência;
  • Mapas maiores e com muitas opções de abordagem, estimulando o improviso e a criatividade do jogador;
  • Multiplayer cooperativo local.

Contras

  • Apesar da variedade de objetivos, depois de um tempo o título se torna repetitivo;
  • Músicas transmitem clima de festa, mas são menos variadas que no título anterior;
  • Ausência de um tutorial ou tela detalhando como desbloquear os personagens adicionais e apresentar alguns elementos do jogo.
Party Hard 2 – PC/PS4/XBO/Switch – Nota: 8.0
Versão utilizada para análise: PS4
Revisão: Davi Sousa
Análise feita com cópia digital cedida pela tinyBuild Games


Fã de Castlevania, Tetris e jogos de tabuleiro. Entusiasta da era 16-bit e joga PlayStation 2 até hoje. Jogador casual de muitos e hardcore em poucos. Nas redes sociais é conhecido como @XelaoHerege
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