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Prévia: Resident Evil 3 (Multi) – o que podemos esperar do retorno de Jill e Nemesis

O segundo remake da famosa série de zumbis da Capcom promete uma mistura de ação, desespero e personagens ainda mais marcantes.


O remake de Resident Evil 2 é o que muitos jogadores de RPG poderiam chamar de acerto crítico ou, para os fãs, aquele tiro de pistola despretensioso que simplesmente explode a cabeça do zumbi. A Capcom finalmente deixava de supor o que era melhor para seu público, passando a, de fato, ouvir seus pedidos e colocá-los em prática. Essa reviravolta ajudou a marcar o ano de 2019, repleto de sucessos da empresa nipônica, e resgatou a estreia de Leon e Claire na epidemia de Raccoon City sem deixá-la repetitiva.




Tamanho sucesso potencializou o desejo dos jogadores de ver o mesmo capricho ser aplicado em Resident Evil 3 e estamos cada vez mais próximos de reviver o terror passado por Jill e Carlos. Os desenvolvedores prometem a mesma mistura de ação e survival horror adaptada e potencializada para a nova geração. Confira nesta prévia tudo o que está confirmado e as nossas expectativas para esse promissor lançamento.

Explode a epidemia

Embora os episódios anteriores tentassem passar a ideia de uma crise nascendo ou até mesmo em seu ápice, todos focaram sua experiência em ambientes vastos, porém, isolados. Tanto a mansão Spencer quanto a delegacia davam a entender que o pior estava acontecendo ali, naquele local confinado. Resident Evil 3 vem para mostrar que o pior da epidemia gerada pelo T-vírus está acontecendo do lado de fora, na populosa metrópole de Raccoon City. É justamente essa percepção que o primeiro trailer nos passa: uma cidade tomada pelo caos e uma população confusa e tomada pelo medo por conta de uma ameaça desconhecida.

As cenas mostram a ação acontecendo em diversos locais: prédios, grandes avenidas, vielas e estações de metrô, replicando o desejo da equipe criativa quando o título foi originalmente lançado em 1999. Graças à tecnologia da atual geração, teremos ao nosso dispor ambientes ainda mais extensos, detalhados e variados, aumentando ainda mais a sensação de estar vivenciando a crise em uma grande cidade. É claro que a mostra não poderia estar completa sem os astros do show e somos brindados durante os três minutos de duração com a aparição de figuras conhecidas: Jill Valentine, Carlos Oliveira e, é claro, Nemesis.


Os últimos combatentes

A trama de Resident Evil 3 traz inúmeros personagens marcantes. Da protagonista Jill Valentine, que agora mostra uma personalidade mais forte e decidida se comparada com sua estreia; passando para o trio de mercenários da UBCS (Umbrella Biohazard Countermeasure Service). Todos estão com seus trejeitos mais acentuados e participações no enredo melhor definidas.



Mikhail, por exemplo, deixa de ser um personagem moribundo com cinco ou seis linhas de diálogo e assume seu papel de líder do grupo contratado pela Umbrella, esbanjando seu sotaque russo e dando as diretrizes do que deve ser feito para levar o grupo de civis resgatados para um local seguro. Nikolai está ainda mais agressivo e imperativo, principalmente com relação a agentes externos como a nossa protagonista. Já Carlos, os desenvolvedores prometeram que o soldado latino terá uma participação muito maior na luta de Jill por sobrevivência, contando até com mais trechos jogáveis. Apesar de mostrar um ar mais sério, ele continua sem poupar Jill de suas piadas relacionadas à beleza chamativa da sobrevivente.


O empenho gasto no detalhamento das expressões e no próprio conceito artístico de cada um é impressionante. Fazendo uso da RE Engine, a mesma de Resident Evil 2 Remake, o empenho dos artistas que dão vida ao elenco fica ainda mais fidedigno ao enfatizar feições muito próximas do real, além do figurino que recebeu uma repaginada, principalmente no traje de Jill, que agora conta com uma calça e uma camisa no lugar da saia e seu característico top azul. Assim como em seu antecessor, aqui também será possível garantir os trajes originais ao realizar a compra do jogo em pré-venda.



O perseguidor está de volta

O enredo não estaria completo sem a presença de um antagonista de respeito. Se na versão clássica Nemesis já causava sustos e fazia jogadores tremerem por encontros inesperados, aqui ele está ainda mais implacável. A evolução do vírus utilizado na criação do segundo modelo de Tyrant conhecido como Mr. X faz jus ao aprimoramento recebido e dá vida a uma criatura gigantesca e muito mais perigosa que seu antecessor.



Nemesis deixa claro no último vídeo de gameplay que ele não dará sossego ao jogador. Se você ficou incomodado com Mr. X, saiba que Nemesis não irá só caminhar atrás de você. A criatura gigantesca é capaz de correr em grandes velocidades, pular na sua frente para impedir a fuga, atordoá-lo com seu grunhido e ainda pode puxar Jill com seus tentáculos em sua direção. E se já não bastasse, não perca tempo suspirando aliviado ao notar seu sumiço repentino, pois ele certamente irá emboscá-lo mais à frente ao saltar do alto de um prédio entre você e seu destino ou derrubar paredes a fim de surpreendê-lo.



A máquina de destruição criada pela Umbrella consegue ser ainda mais letal ao utilizar não somente seu lança-mísseis. Em sua nova versão, Nemesis aparece equipado também com um lança-chamas, mostrado em detalhes no mesmo trailer em uma intensa luta contra sua presa. Ainda não se sabe se ele também usará a gatling gun mostrada em Resident Evil: Operation Raccoon City.

Ação e sobrevivência na mesma medida

Quando o assunto é jogabilidade, Resident Evil 3 bebe da fonte de sua primeira versão e de seu antecessor cronológico. A movimentação, os controles, a câmera por cima do ombro, os menus e atalhos estão presentes da mesma forma que foram introduzidos em Resident Evil 2. A novidade fica por conta das mecânicas introduzidas no jogo de 1999 e que foram adaptadas para o remake. Jill é capaz de esquivar dos ataques inimigos ao custo de consumir seu fôlego, o que garante que não teremos uma série de rolamentos sucessivos como nos jogos da série Souls. Por falar em rolamentos, quando a esquiva é executada momentos antes de ser atingida, a combatente executa uma cambalhota veloz que deixa o alvo em câmera lenta e aberto para um contra-ataque poderoso.

O gerenciamento de itens escassos continua, obrigando o jogador a vasculhar os cenários por itens de cura, munição ou ao menos a pólvora para fabricá-la. Você vai querer utilizá-los de maneira inteligente, pois durante o percurso são diversos os tipos de ameaças. Além do já mencionado Nemesis, encontraremos os clássicos zumbis, Hunters Beta, a minhoca Grave Digger, entre outros. Para amenizar o nosso lado em alguns desses encontros, foram adaptados os clássicos barris explosivos que encontrávamos pela cidade na versão de 1999. Aqui eles estão presentes e podem ajudar a liberar as muitas hordas que infestam a cidade. Adicionalmente, em um dos trechos da demo é possível atirar em um dispositivo elétrico que libera uma descarga capaz de atordoar zumbis e o próprio Nemesis.



Saem os mercenários, entram os sobreviventes

Já foi confirmada a ausência do modo Mercenaries, a contragosto do público. Esse conteúdo bônus foi lançado justamente no Resident Evil 3 original e seu sucesso entre os fãs foi tamanho, que o minigame esteve presente na grande maioria das continuações. Para compensar o desfalque, os desenvolvedores introduziram o Resident Evil Resistance como opção adicional à campanha principal. Batizado inicialmente de Project Resistance, a opção extra consiste em partidas multiplayer formadas por times em um esquema de 4x1, muito comuns em jogos como Evolve.


Do lado dos sobreviventes, podemos escolher quatro tipos diferentes, cada um focado em uma especialidade: cura, defesa, ataque e hackeamento. Saber compor a equipe, estabelecer uma comunicação entre o grupo e coordenar as habilidades únicas é o segredo para escapar com sucesso dos cenários.



Na tarefa de vilão, o quinto jogador assume o papel de Mastermind que aqui traz algumas opções de escolha como Annette Birkin, entre outras figuras da série. A diferença entre cada personagem fica por conta do monstro especial exclusivo. O mais notório e que ficou conhecido pelo trailer foi o Mr. X de Resident Evil 2.



Na prática, os quatro sobreviventes deverão passar por três etapas de labirintos, resolvendo quebra-cabeças, derrotando as criaturas e armadilhas colocadas pelo Mastermind e coletando recursos. Do lado do Mastermind, temos um medidor que vai sendo preenchido com o passar do tempo, aumentando um contador de pontos. Essa pontuação é usada para ativar cartas de um deck composto por armadilhas, criaturas e habilidades especiais que devem ser utilizadas sabiamente para infernizar a vida da equipe sobrevivente.

Nos testes iniciais, há relatos de que a experiência estava desbalanceada e favorável para aqueles que jogassem como Mastermind. Em uma segunda versão posterior, correções foram realizadas na movimentação dos sobreviventes, novos cenários e a integração de mais personagens no elenco equilibraram a balança nessa disputa. Até o dia do lançamento, os desenvolvedores devem aperfeiçoar ainda mais o conteúdo, o que o torna promissor o suficiente para ficar à altura do querido modo Mercenaries ou até mesmo ultrapassar sua popularidade.



Tudo para ser mais um sucesso

Resident Evil 3 promete tirar proveito dos muitos acertos de seu antecessor e promete adicionar neles sua própria personalidade através de um contexto amplo que usa toda a cidade de Raccoon City como palco, somado à introdução de mais personagens coadjuvantes que enriquecem a qualidade da trama e um vilão ainda mais marcante e implacável, o que faz dessa mistura uma receita para o sucesso entre os fãs e a mídia especializada. Seu modo multiplayer tem margem para postergar a longevidade do título por muito tempo por meio de atualizações e eventos, o que aumentar o valor agregado ao título. Estamos ansiosos e com a expectativa alta para reviver os acontecimentos que levaram ao fim de Raccoon City em Resident Evil 3 Remake.



Resident Evil 3 Remake: PC/PS4/XBO
Desenvolvedor: Capcom
Gênero: Ação/Survival Horror
Lançamento: 3 de abril de 2020
Expectativa: 5/5
Revisão: Ives Boitano 

Escreve para o GameBlast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.
Este texto não representa a opinião do GameBlast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


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