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Análise: Mega Man Zero/ZX Legacy Collection (Multi) é a melhor coletânea da franquia da Capcom

A coletânea finalmente traz para outras plataformas os jogos das séries Zero e ZX, antes exclusivos dos portáteis da Nintendo.

Quando Mega Man X foi lançado em 1993 para o Super Nintendo, fomos apresentados a uma versão mais elaborada e poderosa do “Blue Bomber”. Junto a ele, um reploid vermelho chamado Zero, com longos cabelos loiros, um icônico sabre de energia e postura de heroísmo que rivalizava com a de X foi ganhando espaço e dividindo o protagonismo da série com o passar dos anos. Em 2002, Zero recebeu a merecida atenção que precisava da Capcom e passou a ser o protagonista de sua própria série, que rendeu quatro jogos e dois spinoffs, lançados exclusivamente para os portáteis da Nintendo entre 2002 e 2007.


Mega Man Zero/ZX Legacy Collection traz Mega Man Zero, 2, 3 e 4, originalmente lançados para o GameBoy Advance, e os spinoffs Mega Man ZX e Mega Man ZX Advent, lançados para o Nintendo DS. Os seis jogos são disponibilizados pela primeira vez em consoles de mesa e no PC com melhorias na jogabilidade e novos modos de jogo para agradar tanto os novatos que nunca tiveram a oportunidade de jogá-los quanto os veteranos que agora podem jogar da melhor maneira alguns dos melhores jogos da franquia Mega Man.

Muitos séculos depois

Mega Man Zero (GBA)
Lançamento: 2002
A série Mega Man Zero tem início 100 anos após os eventos da campanha de Zero em Mega Man X5. Uma cientista chamada Ciel, líder da resistência, está em busca do herói lendário que é a única esperança contra as forças de Neo Arcadia, lideradas por ninguém menos que o notório caçador de Mavericks e parceiro de luta de Zero anos atrás, X. Zero entrou em um estado de suspensão após o período conhecido como Elf Wars, e enquanto permanecia adormecido, X fundou uma sociedade chamada de Neo Arcadia, que posteriormente começa a oprimir os reploids.

Ciel encontra Zero durante uma expedição e o desperta para que o herói possa ajudá-los no levante contra X e Neo Arcadia. Zero não tem memórias de quem é ou seu propósito, mas o senso de justiça do reploid vermelho prevaleceu após tantos anos adormecido, e ele não hesita em auxiliar Ciel e a Resistência na luta pela liberdade.

Com uma jogabilidade bem semelhante à de Mega Man X, Mega Man Zero se destacou pela dificuldade e uma nova estrutura de fases. Ele apresenta um sistema de evolução de personagem diferente do que sempre vimos na série X. Ao invés de ganhar novas habilidades ao derrotar os chefes, Zero recebe novos armamentos em determinados momentos do jogo, e ao fazer uso intenso dessas armas, sua proficiência aumenta e o herói aprende novas técnicas baseadas em elementos como gelo, fogo e eletricidade e formas, que alteram status e golpes.

Mega Man Zero 3 (GBA)
Lançamento: 2004
O sistema de ranking também foi introduzido nesta série. Ao derrotar um chefe estando em rank A ou S, os mais altos, Zero aprende uma nova técnica de combate, seja um golpe especial com o sabre ou uma nova forma de tiro carregado com sua pistola.

Há também habilidades que auxiliam nos aspectos ofensivos, defensivos e técnicos, proporcionados com a introdução do sistema de Cyber-Elves, que requer um pouco mais de dedicação do jogador para aumentar os status de Zero e também no gerenciamento dos recursos necessários para o crescimento do personagem no decorrer do jogo. É importante saber quando e quais elfs serão mais úteis ao jogador para que você avance no jogo sem muitas dificuldades.

A série teve quatro jogos lançados para o Game Boy Advance entre 2002 e 2005. Uma coletânea com os quatro jogos foi lançada em 2010 para o Nintendo DS.


Mega Man ZX (DS)
Lançamento: 2006
Já a série Mega Man ZX ocorre cerca de 200 anos após os acontecimentos do último jogo da série Zero. Existe uma harmonia na convivência entre humanos e reploids em uma sociedade onde as duas raças possuem direitos iguais. Os humanos podem fazer aprimoramentos em seus corpos e os reploids possuem um ciclo de vida pré-determinado. Mas uma ameaça de Mavericks cria novos cenários de conflito no mundo. Em meio à crise, alguns humanos possuem a habilidade de interagir com artefatos chamados de biometals, que dão ao usuário a capacidade de se transformar e fazer uso de habilidades especiais específicas de cada um, os Mega Men.

A jogabilidade de ZX e ZX Advent herdou bastante da série Zero. A estrutura de fases é semelhante e bem mais elaborada, com características que lembram o estilo metroidvania, e ainda conta com a seleção de missões na progressão da campanha principal. No lugar dos Cyber-Elves, o jogo deu lugar para as diferentes transformações dos personagens, cada qual com características únicas e dominantes de algum elemento (eletricidade, gelo ou fogo).

Mega Man ZX Advent (DS)
Lançamento: 2007
Em Mega Man ZX, Vent ou Aile podem se transformar utilizando os biometals adquiridos dos chefes do jogo e são capazes de realizar diferentes transformações usando a habilidade Double Megamerge do biometal X. Mas conseguir o poder máximo dos biometals ainda exige muita técnica do jogador. Ao enfrentar os chefes, o melhor é evitar seus pontos fracos para não danificar o artefato. Caso você cause danos demais no ponto fraco do chefe, você precisará gastar cristais para repará-lo na base e aumentar a barra de ataque especial da transformação.

Em ZX Advent, as transformações dão lugar a uma nova habilidade. Os chefes do jogo possuem seu DNA copiado, e Grey ou Ashe podem assumir suas formas físicas usando a habilidade A-Trans do biometal A e utilizar suas habilidades a seu favor em várias ocasiões no decorrer do jogo. Conhecer e dominar todas as formas é essencial para progredir na história.

A série teve dois jogos lançados para o Nintendo DS entre 2006 e 2007 e não recebeu nenhum relançamento até então.

Conhecendo o conteúdo

Mega Man Zero/ZX Legacy Collection segue a mesma estrutura de conteúdo das outras quatro edições já lançadas pela Capcom desde 2015. Ela contém os jogos, uma galeria de ilustrações, um tocador de músicas e um novo modo de jogo específico da coletânea. A vantagem desta em relação às outras quatro é que a série não foi divida em duas edições, como ocorreu com as coletâneas de Mega Man e Mega Man X. Pela primeira vez, desde que a Capcom começou a lançar estas coletâneas, temos uma série completa na mesma edição. Duas, no caso!

No menu inicial, somos convidados a selecionar qual das duas séries jogar e, dentro delas, escolher os jogos. Assim como nas coletâneas anteriores, é possível selecionar qual edição deseja jogar. No caso da série ZX, além das edições americana e japonesa, as diferentes edições lançadas na Europa também estão disponíveis, como alemã e espanhola. Na série Zero, estão disponíveis apenas as edições americana e japonesa.
Tela de seleção
A galeria é rica em conteúdo dos seis jogos, trazendo muitas ilustrações e artes conceituais. No tocador de músicas existe, além da opção de ouvir a trilha sonora dos jogos e da coletânea, que inclui novas composições que tocam nos menus e no modo Z Chaser, uma função para selecionar suas músicas favoritas para que toquem nos menus.

Assim como nas outras coletâneas, há um modo extra totalmente novo. Em Mega Man Zero/ZX Collection temos o modo Z Chaser, que é um modo de tomada de tempo em estágios pré-determinados de cada um dos seis jogos da coletânea, onde é possível jogar sozinho, com um amigo em multiplayer local ou contra fantasmas de outros jogadores em busca do melhor tempo.

Não menosprezando os modos Boss Rush das coletâneas anteriores, mas a decisão da Capcom em não usá-lo mais uma vez foi boa. Este modo se mostrou bastante interessante, ainda mais com a opção de jogar localmente com outra pessoa. Agora é possível disputar com aquele seu amigo que se acha “o cara” jogando Mega Man no mano a mano para ver quem é o melhor. Mas quem curte um modo Boss Rush com certeza vai sentir falta.

Uma nova feature nesta coletânea são os ZZ Cards. Eles são obtidos ao conquistar os troféus/conquistas do jogo, e cada um premia o jogador com cartas bônus na galeria, que ativam modificações, na sua maioria estéticas, em Mega Man Zero 3, como alterações nas caixas de diálogo, decoração da base ou o visual de algum personagem. Há também cartas que dão buffs de dano para as armas de Zero. Cada vez que você desbloqueia uma conquista/troféu, são mostradas quais cartas você adicionou em sua coleção. Elas são ativadas no menu de cartas bônus dentro da galeria da coletânea. Esta feature adiciona uma motivação extra para jogar e coletar todas.

Cada conquista/troféu libera cartas bônus na galeria...
...que ativam modificações em Mega Man Zero 3...
... possibilitando batalhas que cabem em um GIF.

Novas formas de jogar

São seis jogos antes exclusivos para os portáteis da Nintendo disponibilizados pela primeira vez no PC e consoles de mesa. Os diferenciais apresentados aqui pela Capcom estão nas várias maneiras que podemos jogá-los. Além de poder aproveitar cada jogo em sua forma original, a coletânea adiciona duas funções para auxiliar quem quer ter uma experiência mais casual.

A primeira função é o Save-Assist. Ao acionar esta opção, sempre que perder uma vida, você é levado de volta ao último ponto de salvamento que passou durante o jogo. O que achei estranho é que esses “checkpoints” funcionam mais como save states de emulação. Eu percebi isso quando morri as três vidas que eu sabia que tinha e continuava voltando naquele ponto.
O Save-Assist pode ser acionado a qualquer momento durante o jogo
A função facilita a vida de quem está jogando? Com certeza! É possível até carregar o último save acionado, inclusive se não for na fase que você está jogando ou diretamente pelo menu inicial do jogo. Se esta função funcionasse mais como um checkpoint, propriamente dito, ao invés de um state de emulação, acho que seria mais interessante. A opção pode ser ativada ou desativada a qualquer momento durante o jogo pelo menu, deixando a critério do jogador como prefere jogar. Se eu usei esta função durante minhas sessões de jogo? Ah, com certeza! Ajudou bastante!

A segunda função é praticamente o modo fácil dos jogos. O Casual Scenario Mode faz os jogos parecerem um passeio no parque em um domingo ensolarado enquanto você toma uma casquinha de sorvete do seu sabor favorito infinitamente. Você já começa com todos os equipamentos maximizados e os espinhos, quando não estão cobertos, não causam morte instantânea, assim como os buracos. A Ultimate Form de Zero nos jogos da série Zero também já está habilitada desde o início. Jogar nesse modo impossibilita a aquisição das conquistas/troféus de conclusão destes jogos.

Os jogos da série Zero possuem quatro modos de tela para selecionar: um modo em tela cheia não esticada (1), proporcional (2), reduzida (3) e tela cheia esticada (4). É possível selecionar a qualquer momento o formato de tela que desejamos usar no jogo. Dois filtros de tela estão disponíveis para usar: arredondado e scanlines. Se contarmos o modo desativado, são três. Nenhum deles é melhor que outro, mas com o tempo você se acostuma com um e pode jogar sem problemas. Mas em uma época em que emuladores para PC já apresentam mais e melhores opções de filtros, a Capcom pecou em oferecer opções tão limitadas e simples. Esse detalhe me decepcionou muito. Um papel de parede também pode ser selecionado para o fundo da tela ou simplesmente desativado.

Os jogos da série ZX foram originalmente lançados para o Nintendo DS e, consequentemente, fazem uso de duas telas. Estes dois jogos possuem disposições de tela diferentes dos jogos da série Zero, sendo possível escolher sete modos diferentes para jogá-los: com a segunda tela disposta lateralmente, abaixo da principal ou sobre ela. Ao selecionar o modo de telas sobrepostas, é possível ajustar a transparência da secundária e deixá-la quase invisível. Em Mega Man ZX a tela é pouco – bem mal, pra falar a verdade – usada. No outro jogo da série, ela é bem melhor utilizada, mostrando o mapa e atalhos para as transformações. Os filtros de imagem são os mesmos já citados.


A tela secundária é usada para mostrar funções como status, mapas e atalhos para alguns comandos. Um cursor controlado pelo analógico direito é usado para navegar na segunda tela e a ação é ativada com o botão de gatilho direito ou pressionando o analógico. No PlayStation 4, a Capcom até poderia dar algum uso ao touchpad do DualShock 4 ao usar essa função, mas não temos isso aqui. Acredito que nas demais plataformas não seja diferente, como usar o mouse no PC ou a tela de toque do Switch.
Os jogos do DS, por já possuírem trechos com diálogos falados – principalmente em ZX Advent, onde são mais frequentes – contam com uma opção extra que permite escolher a qualidade do áudio do jogo para os diálogos. No menu da série ZX, é possível selecionar o áudio original ou remasterizado, com as gravações originais e em melhor qualidade. Uma pena que a opção de jogar o jogo americano com o áudio japonês não esteja disponível. Seria uma adição interessante para quem não curte muito as vozes em inglês. As cutscenes destes jogos também receberam tratamento visual para melhor exibição em telas de alta definição.

Em Mega Man ZX, especificamente, há uma função para conectar o jogo a Mega Man Zero 3 ou Mega Man Zero 4. No Nintendo DS, ao jogar ZX com um dos dois cartuchos do Game Boy Advance conectados ao console, a aparição de alguns chefes especiais é acionada, e esta função não foi esquecida na hora de trazer o jogo para a coletânea.

Um ponto que me deixou muito satisfeito foi a customização de controles nos jogos, principalmente na série Zero. Uma customização bem mais detalhada da atribuição dos botões para o controle pode ser feita, finalmente permitindo que eu possa jogar da maneira mais confortável possível. Por conta das limitações do Game Boy Advance, não era possível fazer muita coisa, obviamente.

Em Mega Man Zero Collection (DS), há uma customização de controles melhor, mas que ainda não fornecia a mesma liberdade que a Zero/ZX Legacy Collection proporciona. Posso colocar as ações de pulo e ataque nos botões de ombro se eu quiser. Para mim, que tenho certo desconforto em jogar jogos de ação em um portátil por causa das mãos grandes, essa liberdade de customização de controles é excelente. Agora posso realmente jogar Mega Man Zero de maneira decente e confortável.
Apenas os botões de gatilho (L2/R2) não podem ser usados

Correndo atrás do melhor do mundo

O modo Z Chaser é o modo extra da coletânea. É basicamente um desafio de tomada de tempo em estágios pré-selecionados de cada um dos seis jogos da coletânea, e é composto por três modalidades:
  • Single Chaser: jogue sozinho contra o relógio em busca do melhor tempo em cada estágio, podendo escolher entre diferentes níveis de dificuldade;
  • Double Chaser: jogue localmente contra um oponente pelo menor tempo;
  • World Record Chaser: desafie jogadores ao redor do mundo em busca do recorde mundial, jogando contra os dados de replay dos melhores no ranking mundial.
Ao jogar neste modo, excluindo a modalidade Double Chaser, é possível jogar em tela única para que você consiga se concentrar mais no seu jogo, mas ao jogar em duas telas é possível ver o jogo do adversário e estudar sua estratégia, como movimentos ou atalhos, para melhorar seu desempenho nas tomadas de tempo. Antes de iniciar a corrida é possível acessar o menu do jogo e equipar determinadas habilidades ou armas para que você não fique perdendo tempo acessando-o no meio da corrida.
Prepare-se antes de começar sua corrida.
Este modo também conta com algumas conquistas/troféus, então prepare-se para dedicar um tempo aqui. Minha recomendação é jogar o Z Chaser quando você já tiver passado um bom tempo nos jogos da coletânea, principalmente para adquirir a memória muscular e conhecimento das habilidades disponíveis em cada jogo, que serão úteis para enfrentar estes desafios.

Um convite aos novatos e uma convocação aos veteranos

Mega Man Zero/ZX Legacy Collection é a melhor coletânea da franquia que a Capcom já lançou. Diferente das edições anteriores, que foram divididas em duas, aqui temos um pacote completo com todos os jogos das séries Zero e ZX. Jogos que até então só estavam disponíveis em dois consoles portáteis fora de linha da Nintendo agora estão acessíveis com novas formas de jogar e, com certeza, vão agradar uma gama enorme de jogadores. Dos novatos, que podem jogá-los de maneira mais casual e agradável, até os veteranos da série, que agora contam com suporte a conquistas/troféus e a possibilidade de mostrar mundialmente quem é o melhor do mundo no Z Chaser.

Um detalhe não passou despercebido: assim como as coletâneas anteriores, a Capcom não deu atenção para a localização para o nosso idioma. É compreensível que os jogos não tenham sido localizados por serem ports e as modificações feitas neles sirvam para atender a proposta do pacote, mas não disponibilizar uma localização, pelo menos nos menus da coletânea, foi chato. A Capcom já localiza suas principais franquias para o português brasileiro, como Street Fighter e Resident Evil, inclusive as entradas mais recentes de Monster Hunter e Devil May Cry. Deixar justamente Mega Man sem esse tratamento, uma franquia tão característica da empresa, foi o segundo detalhe que não deixou esta experiência ser perfeita.

Prós

  • Seis ótimos jogos pelo preço de um;
  • Acesso a jogos antes exclusivos de portáteis da Nintendo;
  • Esta edição não está dividida em duas, como nas Legacy Collection anteriores;
  • Detalhes como o link do Mega Man ZX com Zero 3 e 4 não foram ignorados;
  • Cartas bônus estimulam a busca por ZZ Cards (conquistas/troféus);
  • Save-Assist e Casual Scenario Mode proporcionam uma experiência mais agradável aos novatos;
  • O modo Z Chaser é mais interessante do que outro Boss Rush;
  • Customização de controles bem flexível;
  • Galeria rica em conteúdo.

Contras

  • O Save-Assist funciona mais como um save state do que como um checkpoint;
  • Apenas dois filtros de imagem – bem safados, inclusive – em uma época onde emuladores já oferecem mais e melhores opções;
  • Idioma Português Brasileiro indisponível.
Mega Man Zero/ZX Legacy Collection – PC/PS4/XBO/Switch – Nota: 9.5
Versão utilizada para análise: PS4
Análise feita com cópia digital cedida pela Capcom
Revisão: Davi Sousa

Fã de Castlevania, Tetris e jogos de tabuleiro. Entusiasta da era 16-bit e joga PlayStation 2 até hoje. Jogador casual de muitos e hardcore em poucos. Nas redes sociais é conhecido como @XelaoHerege
Este texto não representa a opinião do GameBlast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


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