Blast from the Past

Pursuit Force: Extreme Justice (PSP) trouxe aventuras radicais dignas dos melhores filmes de ação

Vamos relembrar esse game repleto de muitas emoções para o portátil da Sony.

O PlayStation Portable foi um grande sucesso no mundo dos games graças, entre vários fatores, aos excelentes títulos que recebeu. Mas assim como em qualquer console, existem várias pérolas escondidas na biblioteca desse videogame. Neste Blast from the Past, vamos relembrar uma delas: Pursuit Force: Extreme Justice (PSP), um exclusivo que trouxe divertidas aventuras cheias de alta velocidade, explosões e tiroteios.

Não julgue um livro pela capa

Acredito que todo gamer já tenha passado pela seguinte situação ao menos uma vez. Ao procurar pelo próximo jogo que iremos jogar, nos deparamos com um título diferente. Você olha a capa e lê a descrição: a proposta é meio estranha e distinta das que estamos acostumados. Para garantir, você assiste alguns vídeos para ver se ele vale realmente a pena.

Depois de todas essas pré-avaliações, o resultado é inconclusivo. Será que vale a pena investir dinheiro e tempo nele? Quem sabe seria melhor ficar com um título mais familiar, com retorno mais garantido? Mesmo com essa opção mais segura, no final das contas você resolve dar uma chance ao jogo. E foi exatamente nessa situação que joguei Pursuit Force: Extreme Justice, lançado em 2007, pela primeira vez.

O título é uma continuação de Pursuit Force (PSP), produzido pela Bigbig Studios (assim como Extreme Justice) e que trouxe em 2005 os principais conceitos básicos do seu sucessor. O jogador atua como um agente policial de uma equipe de elite chamada Pursuit Force, responsável por enfrentar diversas gangues diferentes, indo de grupos mais tecnológicos até organizações inspiradas na máfia italiana e na Yakuza.
Pursuit Force também recebeu um versão PSP Essentials
Em Extreme Justice, o protagonista e sua equipe retornam ao combate, enfrentando as gangues chamadas Syndicate, Raiders, Convicts e Warlords. O game é tão voltado para ação que logo no início da história temos um acontecimento emocionante: durante o casamento do protagonista com uma colega de equipe, um grupo de vilões ataca a festa.
"Ação" é o segundo nome de Extreme Justice
Assim, começa uma perseguição em alta velocidade e cheia de tiroteios, um retrato de toda a adrenalina que encontramos no game. Embora eu não tenha jogado o primeiro título, aquela missão inicial já me conquistou, tornando o game um dos meus favoritos para o PSP até hoje.

Para filme nenhum botar defeito

Esse episódio do casamento é uma constante durante o game, pois todas as missões são cheias de emoção e aventura. Apesar de às vezes serem um pouco exageradas, todas elas foram bem organizadas em uma história interessante. Nela, existem combates espetaculares, disputas políticas entre a Pursuit Force e uma nova organização chamada Viper Squad, traições dentro da equipe e até mesmo a morte de personagens importantes.
Enfrentar um bandido com um tanque? Apenas mais um dia de trabalho para a Pursuit Force
Mesmo com certos exageros, o roteiro é envolvente. A cada nova missão o jogador fica ansioso para descobrir o que acontece a seguir. Os personagens, ainda que um pouco clichês, são interessantes e cumprem bem os seus papéis, tanto no caso dos vilões quanto dos heróis. E falando em clichê, Extreme Justice é digno dos mais clássicos filmes de ação pelas suas ambientações e jogabilidades.

Cada fase apresenta objetivos e mecânicas que parecem ter saído diretamente de um longa-metragem. Alguns exemplos: perseguições com carros em alta velocidade, saltar de veículos em movimento, participar de tiroteios, andar de helicóptero, executar golpes de artes marciais, entre tantos outros. Tudo é temperado com muitas explosões e adrenalina, dando uma satisfação de que o jogador cumpriu o seu dever como membro da Pursuit Force ao final de cada fase.
Uma das fases mais emocionantes é o combate em um avião em pleno voo
Com todas essas mecânicas de jogo e devido ao fato do PSP ter apenas uma palanca analógica e somente um par L e R, a jogabilidade poderia ter sido comprometida. Afinal, o portátil não apresenta tantas opções como o DualShock, por exemplo. Felizmente, a produtora do game foi bastante inteligente ao utilizar vários conjuntos de botões diferentes para cada situação. Um exemplo são as missões à pé, onde não é possível andar e atirar ao mesmo tempo, assim como em Resident Evil 4 (Multi). 
É possível realizar saltos mirabolantes entre dois veículos
Ainda assim, essas fases são divertidas e intuitivas, sem deixar nada a desejar. Na realidade, devo dizer que toda ação no game é bem planejada, seja na hora de atirar, dirigir, pilotar ou lutar. O equilíbrio entre desafio/diversão é excelente, e é isso que torna Pursuit Force: Extreme Justice uma daquelas pérolas que, apesar de pouco famosas, são muito “saborosas” de se jogar.

Muito além da ação

Além da boa jogabilidade e das missões emocionantes, Extreme Justice é um game bastante completo. Os gráficos estão pouco abaixo do nível do PlayStation 2, o que louvável para um título portátil. Além de bem produzidos, todos os personagens são dublados e, ainda que a qualidade das atuações não seja excelente, elas salientam bem as personalidades e emoções de cada um. Os efeitos sonoros são bons, mas sem grandes destaques.
Ao completar a barra Justice, temos um aumento na vida e no poder de fogo
sNo quesito som, o ponto que mais se destaca são as músicas. Elas combinam perfeitamente com o ritmo do game, ou seja, são bastante dinâmicas e divertidas. Afinal, que graça teria saltar de um caminhão em alta velocidade se a trilha sonora não acompanhar o ritmo? Existem vários cenários diferentes, incluindo autoestradas, rios e até refinarias. Apesar da relativa repetição de ambientes, todos são bonitos e detalhados.
Nada como capturar inimigos andando em um hoverboard no asfalto...
Extreme Justice oferece uma boa quantidade de conteúdo além do modo história. O Bounty Mode permite que as missões do modo história possam ser jogadas novamente, agora valendo estrelas de acordo com o desempenho. Elas podem ser usadas na loja para adquirir vários tipos de colecionáveis como músicas, artes e vídeos. Mas o que mais chama atenção são as trapaças, que são divididas em Cheats e Super Cheats.

Como o próprio nome sugere, o primeiro tipo compreende coisas mais simples, como armas que disparam lasers ao invés de projéteis (chamado modo Pew Pew) e aumento da distância do pulo (modo Kangaroo). Já o segundo tipo compreende as trapaças mais poderosas, como matar os inimigos com somente um tiro (modo Grim Reaper). Some essas opções com os modos Challenges e Multiplayer local e temos um título cheio de opções para ser curtido.
Os combates aquáticos também são muito divertidos
Além desses vários extras, era possível até mesmo liberar papéis de parede para o PSP. Embora hoje em dia isso soe meio sem graça, podemos fazer uma comparação com os temas para o PS4, que frequentemente são lançados em conjunto com novos jogos. Além disso, na época a internet não era tão difundida, e assim não tínhamos tantas opções para personalizar o portátil.

Mais um clássico do PlayStation Portable

Dentro da sua biblioteca abarrotada de pérolas, o PSP possuiu diversos títulos que, apesar de não serem famosos, são tão bons quanto os mais conhecidos. Um belo exemplo é Pursuit Force: Extreme Justice, jogo de repleto de aventuras radicais, onde o jogador participa de missões saídas diretamente de um filme de ação, com carros, helicópteros, tiroteios e muitas explosões. Com belos gráficos e boa jogabilidade, o game é garantia de muita diversão na tela do portátil mais popular da Sony.
Pursuit Force pronta para o serviço!
E você, leitor? Já jogou Extreme Justice? Curtiu as aventuras emocionantes da Pursuit Force? Deixe o seu comentário.
Revisão: Raphael Barbosa

é produtor de conteúdo sobre games desde 2016 e um grande fã da décima arte, embora não tenha muito tempo disponível para ela. Seus games favoritos (que formam uma longa lista) incluem: KH, Borderlands, Guitar Hero, Zelda, Crash, FIFA, CoD, Pokémon, MvC, Yu-Gi-Oh, Resident Evil, Bayonetta, Persona, Burnout e Ratchet & Clank.
Também encontra-se no Twitter @MatheusSO02 e no OpenCritic.
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