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Como será o aguardado Final Fantasy VII Remake (PS4)?

Final Fantasy VII Remake com certeza verá a luz dia em algum momento, mas com as poucas informações só nos resta analisar como ele será.



Não é exagero imaginar que os jogadores estão aguardando uma versão mais moderna de Final Fantasy VII (PS) há muito anos, talvez mais ansiosos depois que a Square-Enix apresentou uma TechDemo dos primeiros minutos do game rodando em um PS3. Mas foi somente na E3 de 2015 que finalmente revelaram o desenvolvimento da versão Remake, e a reação do público não poderia ser melhor. Com Tetsuya Nomura (Kingdom Hearts III) no comando, eles prometem entregar uma experiência nova, empolgando os antigos fãs e trazendo novos para esse universo. Então vamos analisar agora como esse jogo pode ser, já que não temos ainda muitas informações sobre ele.

História dividida

O Final Fantasy VII de 1997 contava a história de Cloud Strife, um mercenário que se junta a um grupo terrorista chamado AVALANCHE, tendo Barret Wallace como líder. Eles o contratam para ajudar a impedir que uma mega-corporação, Shinra, continue extraindo a energia Mako, a forma líquida da Lifestream, a energia vital do planeta. Então eles seguem para destruir os reatores da empresa, espalhadas pela cidade Midgard.



Essa é só a premissa inicial do título, e que pode ser expandida a ponto de se tornar uma jogatina gigantesca. Essa é a ideia da Square: dividir o remake em episódios, cortar o mínimo possível e adicionar coisas relevantes a exploração e narrativa:

  • Nessa primeira parte, poderíamos andar por muitos lugares inéditos de Midgard, além de conhecer muito mais o time da AVALANCHE tendo arcos narrativos mais trabalhados com  Tifa, Barret e Aerith, podendo ainda adicionar de alguma forma algo do enredo de Crisis Core (PSP) e Before Crisis (Mobile); 
  • Já a próxima aconteceria fora da cidade, expandindo o mundo e apresentando o restante dos personagens jogáveis, sendo eles: Cid, Yuffie, Vincent, Red XIII e Cait Sith. Talvez esse possa ser o ponto com mais sidequests pelo tamanho do mapa. Se for para imaginar um momento de corte nessa parte, a morte de Aerith seria um bom momento, que pode dividir bem esse episódio, para o próximo.
  • A última parte poderia ser as consequências dramáticas da morte de Aerith. Com o grupo seguindo para a batalha final contra Sephiroth. Para esta jornada talvez adicionar novas formas de locomoção no mapa seria uma boa opção, como o bom e velho submarino, já presente no original, por exemplo. Apresentar alguns eventos de Advent Children também poderia funcionar aqui, mesmo se apresentado em cenas de corte em um possível epílogo.

É compreensível que o público ache desnecessário e até incômodo adquirir um jogo fragmentado. Mas a Square tem bons motivos para isso, como a necessidade de não fazerem tantas concessões no enredo, que dividido em episódios pode adaptar e expandir tudo da melhor forma possível. Mesmo com essa boa intenção, fica a dúvida: de que forma eles vão fazer isso? Se for imaginar o melhor cenário, seria lançando o disco do Final Fantasy VII Remake, e mais tarde o resto como expansões, como foi com Blood and Wine de The Witcher 3: Wild Hunt (Multi).

Aspectos técnicos

Final Fantasy VII Remake começou a ser desenvolvido por diversas empresas, incluindo a CyberConnect 2 (desenvolvedora da saga Naruto Storm) há alguns anos. Utilizando a Unreal Engine 4, eles apresentaram um jogo muito belo na sua revelação na E3 de 2015 mas, na última atualização através do State of Play, da Sony, deixou claro sua evolução técnica. Então já é possível esperar um produto final tão bonito quanto Final Fantasy XV (Multi) foi no seu lançamento.



A mudança de design dos personagens também já aconteceu, mas por agora não vimos muito sobre isso, além de Cloud, Barret e a Aerith, que já apareceram remodelados nos vídeos de divulgação. Mesmo assim, podemos presumir que Tifa, Cid, Yuffie, Vincent, Red XIII e Cait Sith também receberão modelos modernos e atualizados. Também não precisamos nos preocupar com a composição sonora do título, pois ela está a cargo do lendário Nobuo Uematsu, experiente compositor na série Final Fantasy.

Outro ponto importante para salientarmos aqui é a duração do título. Já foi nos dito em entrevista, que mesmo o jogo separado por partes, ele não será curto. Cada um dos episódios terá um tempo igual de um jogo completo. Não está claro se eles estão incluindo a main story e as sides quests juntas, mas é possível imaginar no mínimo 30 horas por parte. Um volume grande de conteúdo no total, se realmente forem divididos em três.


Possíveis mecânicas

O Final Fantasy original é um RPG de turno que usa do sistema ATB para definir quando o jogador ou o inimigo podem fazer um movimento. Então nada de pensar muito para atacar ou defender. O que aumenta as possibilidades de estratégias são as Matérias, que podemos embutir em nossos equipamentos, liberando magias e vantagens na ação, como atacar mais de uma vez, ou mesmo copiar o ataque do inimigo.

A Square decidiu não manter esse sistema, pois ela entende que funcionou em 1997, mas não funcionaria nos moldes de hoje. Então refizeram essa mecânica do zero, e mesmo não sendo muito claro como vai funcionar, é possível destacar alguns detalhes interessantes:



  • Eles não mostraram as Matérias em ação, mas é possível ver que elas estarão no jogo, em uma cena onde a Buster Sword está com duas presas nela. Mesmo assim, essa mecânica ainda é desconhecida. Podemos imaginar algo como acontece em Kingdom Hearts III (PS4/XBO), onde adicionamos magias e itens consumíveis em um menu de atalho;
  • Será possível trocar entre os membros da equipe livremente na ação, sendo possível ter na equipe até três personagens por vez. Isso fica claro no trailer do State of Play quando eles trocam de Cloud para Barrett. Como será a transição disso ainda é um mistério, mas imagino que será diferente do que acontece em Final Fantasy XV, onde ela não é feita instantaneamente;
  • Nessa nova reformulação ainda possuímos as barras de ATB, que funcionam agora para realizar ataques especiais como quando o Cloud usa o Braver, e também temos uma para Limit, que é usado para movimentos mais poderosos;
  • Para o combate em si, temos comandos específicos para ataque, que pode gerar uma sequência de movimentos, uma para defesa, e até uma para acionar um menu de comando, similar a Kingdom Hearts III. A velocidade que tudo isso acontece não parece ser o frenesi de Final Fantasy XV, por exemplo, sendo mais contido e até mais estratégico.

Outras mecânicas como a fazenda de chocobos, o cassino, ou mesmo a escolha de falas de Cloud não foram citadas ainda. Mas acredito que algumas coisas serão cortadas para esse remake, principalmente a escolha de diálogo, mas é compreensível pelo escopo da história.


Quando?

Sua data de lançamento é um dos seus maiores mistérios. Existem rumores indicando que a primeira parte sairá ainda esse ano, ou mesmo jogando seu lançamento para a primeira metade de 2020. Nada disso são informações concretas, e só saberemos mais sobre os planos da desenvolvedora apenas em junho, quase certo que na sua conferência na E3. Então fiquem ligados aqui no GameBlast para mais informações sobre essa pérola tão aguardada.



Revisão: Francisco Camilo

Escreve para o GameBlast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.
Este texto não representa a opinião do GameBlast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


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