Blast Test

Bunker Punks (PC): tiroteio e pilhagem

Testamos o acesso antecipado desse roguelike FPS e nos surpreendemos com o bom ritmo do game.

Em acesso antecipado, Bunker Punks é mais um daqueles roguelikes que te sugam horas e horas do dia se você não tomar cuidado. O mais impressionante disso é que se tratam de games que poderiam muito bem serem aproveitados em rápidas sessões, mas que prendem o jogador pelo bom ritmo de jogo. Aqui, a coisa não é diferente, já que rapidamente estamos guiando nossos punks e trocando muitos tiros pelas salas e corredores cheios de inimigos.


O game se passe em um futuro distópico no qual grandes corporações e um Governo Corporativo reprimem e controlam a vida das pessoas. Os punks que se escondem em bases abaixo do solo (os tais bunkers) invadem essas corporações em busca de armas, dinheiro e equipamentos.

A premissa é simples, mas casa bem com a proposta do game, além de ser reforçada a todo momento pelos estágios; seja nos combates contra robôs e homens medonhos, seja em imagens e pôsteres em cada sala que contam um pouco daquele mundo.

Entretanto, a parte que prende mesmo a atenção é essa alternância entre as incursões nas corporações (as raids) e o momento de gastar os créditos obtidos com melhorias para nosso bunker. Durante a invasão das empresas, podemos encontrar diferentes tipos de loot. Os mais imediatos são as armas, munições e pacotes de vida, que são usados justamente para enfrentar os inimigos e sobreviver ao caos do pavimento em que você está. Já os equipamentos complementares (capacetes, luvas e roupas) ficam com o personagem até ele morrer, seja nesta ou em outra invasão.

Existem ainda as duas unidades monetárias do jogo; os creds e os techs. Os primeiros são usados para melhorar o bunker na sessão atual. Já os segundos são permanentes mesmo após a morte de todos os seus punks, já que com eles é possível comprar novas instalações, melhorias, armas e equipamentos que vão aparecer no próximo jogo. O objetivo é conseguir chegar até o Governo Corporativo e, para isso, é necessário conseguir o máximo de recursos possível em cada empresa.

Me agrada bastante esse esquema de ter alguma progressão permanente para a próxima jogada, ainda que a melhoria das habilidades do próprio jogador também seja essencial. É um sistema que está presente em jogos que gosto muito, como Rogue Legacy e Darkest Dungeon.
As corporações que devemos invadir.
Por outro lado, tudo isso não funcionaria se o aspecto central de Bunker Punks não fosse sólido. O ritmo das batalhas e da exploração dos andares das corporações também anima. O tiro dos inimigos é mais lento que o seu, o que dá espaço para desvios e o jogo te impele o tempo todo a ser mais rápido, realizando sequências de ações. Você pode comprar uma melhoria no bunker que faz com que cada combo cure seu personagem. Sendo assim, é praticamente essencial, principalmente nas fases mais avançadas, limpar rapidamente os inimigos de uma sala.

O fato das munições, pacotes de vida, creds e techs sumirem em um curto espaço de tempo , se você não os pegar, também te faz ser mais ofensivo e se movimentar mais. O resultado, por fim, de tanto tiroteio é catártico:

E se já não bastassem todos os aspectos te dizendo para ir logo, a trilha sonora também consegue pilhar o jogador com seu ritmo acelerado. É bom que o game se preocupe em te fazer ser ofensivo, já que é extremamente necessário conseguir o maior número de recursos, principalmente nos estágios mais avançados e mais complicados do jogo. A quantidade e qualidade dos inimigos cresce, assim como a agressividade deles. Tudo em busca da última incursão no Governo.


A promessa é a de adição de mais conteúdo, mas Bunker Punks já é um bom game para se jogar em partidas rápidas ou perder uma tarde inteira.

Revisão: Ana Krishna Peixoto

Escreve para o GameBlast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.
Este texto não representa a opinião do GameBlast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


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