Hands-on

Watch Dogs 2 (Multi) pode ser a chance de redenção da Ubisoft

Nossa equipe testou o novo Watch Dogs e está com boas esperanças para o novo game.


Quando Watch Dogs 2 foi anunciado, haviam duas hipóteses sobre o destino final do jogo: ou ele seria um fracasso de crítica e público como seu antecessor, ou ele renovaria a série o suficiente para se tornar um verdadeiro sucesso, como aconteceu entre Assassin's Creed e Assassin's Creed II. Ontem, tive a oportunidade de jogar o novo título da Ubisoft e conferir por mim mesmo.

Hackeando o jogo de hacking

Deve ser um inferno para os desenvolvedores mostrarem uma demo assim, de um jogo de mundo aberto. Quando comecei a jogar, tentei entrar num carro (ele me disse para sair), daí fui brincar com os controles e acabei sacando uma arma contra um pessoal que se assustou e meio que causei um tiroteio na região... Ops. O desenvolvedor que estava comigo tentou ativar um comando no jogo para fazer a polícia sumir, mas não conseguiu e tivemos que reiniciar.
São várias possibilidades no mundo conectado de Watch Dogs 2.

Na segunda tentativa, prestei mais atenção nas instruções dele. Descobri o que dá para fazer com a mecânica de hack e usei meu quadcóptero para sobrevoar San Francisco. Então, segui para um objetivo.

Peguei um carro que pode-ou-não ser uma Ferrari e dirigi até um pier, onde eu precisava me infiltrar em uma salinha e deixar uma "surpresa" no computador. Ali, aprendi o valor de usar o quadcóptero para reconhecer um local antes de invadí-lo, marcando meus inimigos e até hackeando as coleiras eletrônicas dos cachorros. Também usei um robozinho de rodas que pode interagir com terminais no chão.

O meu guia perguntou como eu queria enfrentar a situação e resolvi acionar um carro no pier para que ele dirigisse sozinho até afundar na baía. A distração foi suficiente para que eu pudesse subir as escadas, paralisar um policial com um tazer e entrar na tal salinha.

Após um breve tiroteio, fomos conhecer a funcionalidade cooperativa do game. Watch Dogs 2 tem o que chamam de "seamless multiplayer", que significa que jogadores podem ocasionalmente entrarem na mesma San Francisco que você, permitindo interações cooperativas ou competitivas. Um outro desenvolvedor do jogo apareceu no meu jogo e partimos para uma missão. Foi mais ou menos o esperado para uma missão desse tipo, mas a colaboração é sempre algo interessante.
Jogar com outros jogadores será simples e divertido em Watch Dogs 2.

Finalmente, depois de roubar um item de um traficante de drogas, fugimos num carro meio antigo... Ou tentei fugir, porque meu parceiro no banco do passageiro ficava fazendo caminhões bloquearem meu caminho.

A San Francisco virtual

Para ser sincero, um dos maiores apelos nesse jogo para mim será visitar a versão virtual de San Francisco. Eu morei em SF por um tempo e a cidade é uma das minhas favoritas no mundo. A representação dela no jogo parece estar terrivelmente fiel com o mundo real e, no topo de um morro com o quadcóptero, tirei uns instantes para ver os pontos de referência da cidade: Golden Gate Bridge, Alcatraz, Transamerica Tower e a sede de uma empresa de busca, a Nudle (qualquer semelhança é mera coincidência).
San Francisco é fielmente reproduzida no mundo digital.

Quanto mais vontade tenho de conhecer aquela cidade virtual, mais me pergunto sobre a nossa relação com jogos de mundo aberto. Afinal, se conheço a San Francisco verdadeira, que interesse eu teria em conhecer uma representação obviamente imperfeita dela? Realmente não sei explicar esse fascínio que temos por mundos virtuais que se assemelhem com o real.

Desta vez vai...?

Apesar de não ter jogado muito do primeiro Watch Dogs, tenho ideia de como ele é pelos relatos de amigos que jogaram. Pelos poucos minutos que conheci da continuação, acredito que este realmente pode ser um caso de evolução merecida para um jogo que tinha potencial mal-aproveitado.
O estande da Ubisoft estava bem movimentado.

Joguei Watch Dogs 2 num PlayStation 4, mas o jogo também estará disponível para PC e Xbox One no dia 15 de novembro de 2016.

Revisão: Luís Antônio Costa

Escreve para o GameBlast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.
Este texto não representa a opinião do GameBlast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


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