ARK: Survival Evolved (PC) — diário de sobrevivência, semana 2

Nem a morte pode parar nosso sobrevivente, que decide criar uma nova base de operações para (tentar) dominar A Ilha.

em 09/08/2015
Minha primeira semana n’A Ilha foi cheia de contratempos. Passei fome, fui atacado por velociraptores, morto por humanos e criaturas pré-históricas, tive minha primeira cabana destruída… Sobreviver não é uma tarefa simples, mesmo quando você é aparentemente imortal.


Comecei minha segunda semana com uma nova mentalidade: não vou mais morrer. O quão difícil isso poderia ser?

8º dia

Bem mais difícil do que parece. Eu até que comecei bem com o objetivo, mas acabei falhando por causa de um inimigo invisível. Mas estou me adiantando. Comecemos do começo.

Meu corpo foi materializado em algum lugar aleatório no sudoeste d’A Ilha, perto de um lago. O local era aparentemente calmo e pouco habitado, com nenhuma casa ou cabana nas proximidades.

A primeira missão do dia foi reconstruir minhas ferramentas. Enquanto coletava materiais, percebi que do outro lado do lago havia algumas construções e decidi investigar. Elas não pareciam ter nada dem— isso é uma cadeia?

Sim, era uma cadeia. A maior das construções, pertencente a um tal de Broscience, tinha uma pequena estrutura de madeira e uma placa com os dizeres “Criminosos” ao lado. Não sei acho aquilo interessante e perturbador. Ao que parece, alguns habitantes d’A ilha decidiram implantar seu próprio sistema de justiça. Uma boa ideia… dependendo de como ele é aplicado e o que pode ser considerado crime.

Se anos lendo ficção me ensinou alguma coisa, quando tentam reconstruir a sociedade e suas instituições, o resultado é sempre desastroso. Decidi me afastar e não descobrir da pior forma possível como funcionava os sistema criminal broscienciano. E se o simples fato de eu ter entrado em sua base (que estava com as portas abertas) for considerado uma ofensa?

Foi então que reparei como estava perto de um dos pilares de luz, este de cor roxa que encontrei em meu primeiro dia n’A Ilha. Na ocasião, não consegui abrir o pacote de suprimentos que a estrutura guardava por não estar no “nível certo” — seja lá o que isso signifique. Talvez esse “nível” se refira a quanto tempo o sobrevivente está na ilha? Decidi investigar.

E assim encontrei minha morte. Enquanto me dirigia ao pilar roxo, alguns insetos me atacaram. “Sem problemas”, pensei. Eu era mais rápido do que eles, bastava correr… Em direção a um abismo e me espatifar no chão.

9º dia

Para a minha sorte, meu corpo foi (re-)rematerializado por perto. Agora tenho dois motivos para ir até o pilar: recuperar meus equipamentos e investigar o pacote de suprimentos (se é que já poso abrí-lo).

Eu reencontro meus equipamentos e… meu… corpo?

Aquela seria uma ótima hora para ter uma crise existencial, mas acho que o fato de eu estar numa ilha habitada por seres pré-históricos e já ter morrido (e ressuscitado) várias vezes desde que cheguei aqui me insensibilizou. Bem, agora já sei o que acontece quando eu morro.

Logo experimento o sabor da morte mais uma vez. Quando estava quase chegando no pilar roxo, sou atacado por um escorpião gigante. Eu até tento fugir cruzando o lago, mas desmaio no meio da travessia por causa do veneno. Será que morrerei afog— ah, pode deixar, o escorpião decidiu cruzar o lago também e terminar o serviço. Pelo menos foi rápido.

“Chega de caçar torres de luz coloridas por hoje”, penso comigo mesmo. Assim que ressuscito, caço um pouco e acendo uma fogueira. Morrer, aparentemente, abre o apetite. Passo a noite me aquecendo e comendo um pouco da velociraptor assado.

10º dia

Saciado, vou em direção a outro pilar, que apareceu próximo de mim. Grande surpresa: não posso abrí-lo. Preciso estar no “nível 35”. Como que se alcança novos níveis? Não morrendo? Se esse for o caso, não conseguirei abrir pacotes de suprimentos tão cedo.

Cansado de agir como um nômade, chego à conclusão de que é hora de criar uma nova base. O lugar em que parei é bonito, calmo e rico em recursos. “Por que não?”, penso comigo mesmo.

Minha primeira tentativa é falha. O terreno em que tento construir minha cabana é muito íngrime e não sou exatamente um engenheiro. Em pouco tempo vejo que daria muito trabalho fazer algo legal e desisto, indo em busca de um lugar com terreno mais plano e fácil de construir.
Por que abandonei aquela faculdade de engenharia?
No caminho, deparo-me com uma cena curiosa: um velociraptor alimentando-se de outro dinossauro. Aproveito que ele está distraído e o ataco, matando-o em poucos golpes. Retiro a carne e couro tanto dele quanto de sua vítima, ainda fresca. Dois dinossauros pelo preço de um.

Após assar um pouco de carne, encontro um lugar melhor para construir minha nova residência. Ao final do dia, já tenho a fundação de meu lar.

11º dia

Passei o dia inteiro coletando material para construção de minha cabana. Desta vez as paredes são de madeira, não de palha. A estrutura é consideravelmente mais resistente, mas exige bem mais material.

A tarefa me toma o dia todo. Fiz apenas algumas pausas eventuais para caçar e comer. Ao anoitecer, enfim tenho as paredes e parte do teto de minha casa erguidas. De forma acidental, a cabana ainda passa por seu primeiro teste de fogo: enquanto caço um triceratopes, ele ataca minha nova casa. Ela não sofre um arranhão sequer. Acho que estou no caminho certo.

12º dia

Com as paredes erguidas, só falta fazer o teto de meu novo lar. De tarde, enfim, a construção está completa. Enfim tenho um lugar para descansar em paz, feito com um material bem mais resistente e num lugar (aparentemente) mais pacífico.

Mesmo estando apenas na metade do dia, estou cansado e decido dormir. Mas, antes, dou um toque final em minha criação. Coloco uma placa na frente de minha casinha com uma calorosa mensagem para os visitantes: “EU NÃO TENHO NADA”.

Espero que isso os faça pensar duas vezes antes de me atacarem.

13º dia

Eu estava realmente cansado, só acordei na tarde do dia seguinte. Aparentemente, a mensagem que coloquei surtiu efeito. Minha casa está intacta, sem sinais de tentativa de arrombamento.

Aproveito o resto do dia para fazer um equipamento de suma importância: uma bússola! Agora, sempre saberei para onde está o norte e… e… e provavelmente eu deveria ter ocupado meu tempo fazendo algo mais útil, visto que saber os pontos cardinais é irrelevante para alguém com péssimo senso de direção como eu. Saudades do meu GPS.

Faço algo um pouco mais útil também: uma muralha de espinhos, para servir como defesa para minha base. Deus sabe quantas mais dessas eu poderia ter feito se não tivesse gastado tempo com uma bússola inútil.

14º dia

Essas tais “muralhas de espinhos” me animam e faço mais delas. Minha ideia é criar defesas em torno de toda a minha base. Essas muralhas consomem recursos, mas afastam principalmente dinossauros grandes.

Ao final do dia, tenho uma cabana totalmente protegida. Só falta um detalhe: a porta. Construo uma última muralha, entro em meu lar e coloco a defesa na frente da construção. Quero só ver alguém tentar invadir minha residência agora!*

*Não, não quero!

Capa: Nívia Costa
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