Viaje no tempo com o melhor dos heróis das HQs nos videogames

No dia mais claro, na noite mais escura, nenhum jogo escapará de mim. Aqueles que adoram derrotar o mal, tem dez motivos para jogar.

em 26/07/2015
Existem jogos de diversos gêneros e origens e, obviamente, não poderíamos deixar de exaltar os jogos baseados nos personagens de HQs. Vamos conferir dez dos que merecem sua atenção e não fique bravo caso aquele título do seu herói favorito não apareça entre as posições.


A lista contém clássicos que atravessaram o tempo e marcaram a indústria, impactaram na popularidade do herói ou influenciaram outros jogos a vir. O universo a que pertencem traz grandes inspirações para jogos e até permitem que as desenvolvedoras criem mais alguns arcos de sucesso. Sem mais delongas, com grandes heróis, grandes jogos para você conferir.

10 — Phantom 2040 (Mega Drive/SNES)

O Fantasma é um herói vingador que combate o crime há pelo menos 400 anos. Seu legado é passado de pai para filho ao longo do tempo, levando as pessoas a acreditarem em uma única figura, imortal, fazendo jus ao apelido “O Homem que nunca morre”.
Criado no estilo que dominava nos anos 1990, a progressão lateral, o jogo possuía um diferencial incrível para a época e que pouquíssimos jogos arriscaram: múltiplos finais. Dependendo de nossas ações, eram possíveis 20 finais diferentes, alguns empolgantes, outros nem tanto.

A jogabilidade também trilhou um caminho pouco utilizado no gênero: inventário. O jogo permitia levar muitos objetos, de armas à itens de cura dos quais, podíamos equipar dois ao mesmo tempo para utilizar, completando com o botão de pulo.

9 — Spawn: Armageddon (Multi)

Albert Francis “Al” Simmons era um soldado a serviço do governo realizando missões perigosas dentro e fora do país. Seguia cegamente as ordens de seu superior, Jason Wynn, e era escalado com frequência para missões que envolviam execuções, tornando-se herói nacional após salvar o presidente. Quando começou a questionar as ordens de Wynn, foi traído e morto em missão. Por uma vida cheia de mortes, foi enviado ao inferno e recebeu uma oferta do demônio Malebolgia para se tornar um soldado do Inferno, um Spawn!

Mais do que ir ao Inferno, Spawn sofreu para receber um jogo decente. O personagem foi criado por Todd McFarlane em 1992 e rapidamente virou sucesso, recebeu um filme e tudo que podemos imaginar. Nos jogos, um com resultado bom (Spawn, de SNES), um muito fraco, para não pegar pesado (Spawn: The Eternal, para PS), um diferenciado ao melhor estilo shooter de arcade (Spawn: In the Demon’s Hand, para Dreamcast e arcades), até chegarmos ao Armageddon, fazendo o personagem brilhar na sexta geração de consoles.

Spawn: Armageddon foi lançado para GameCube, PlayStation 2 e Xbox e é um jogo de ação com muitos dos elementos dos melhores da época. Com uma abertura empolgante, personagem bem retratado em seu modelo 3D, diversos itens espalhados pelas fases para desbloquearmos algumas informações extras sobre as HQs, além dos destinados à cura e poderes com suas cores específicas. Vale ressaltar o bom trabalho com as animações de sua capa, que sempre rouba as atenções.

8 — X-Men Origins: Wolverine (Multi)

Sabemos que o filme não foi muito bem aceito pelo público em geral, porém, acredite: o jogo é bom. Baseado no filme mas seguindo uma narrativa diferente, X-Men Origins: Wolverine mantêm a ação do filme e isso nos jogos, sempre rendem uma boa diversão.

O que você espera de um jogo dos mutantes com destaque para Wolverine? Temos sim muita porrada, vilões, Dentes de Sabre e Sentinelas também, por que não? E claro, seu maior rival, Deadpool.

Focado em muita ação, o jogo permite que você libere toda a raiva e violência do Carcaju em seus inimigos, realizando grandes banhos de sangue. Tudo o que você fizer irá refletir no personagem e a violência descrita, manterá Wolverine banhado de sangue, sua roupa pode sofrer danos e rasgar e mais. Tudo isso com uma jogabilidade amigável.

7 — Teenage Mutant Ninja Turtles IV: Turtles in Time (SNES)

Talvez você tenha conhecido as Tartarugas Ninja através de seus vários desenhos, porém, elas nasceram nos quadrinhos de forma muito bem-humorada e satirizando o Demolidor. Seu surgimento teve um tom bem escuro, mas conforme foram ficando mais famosas receberam um tom mais leve e o humor ganhou força.

Nos jogos, a Konami desenvolveu os melhores nas décadas de 1980 e 1990, com direito a gabinete de arcade para quatro jogadores ao mesmo tempo. Sucesso absoluto, porém, o quarto jogo chegou para Super Nintendo e entrou para a história como um dos mais vendidos da franquia e da própria Konami.

Comandando uma das tartarugas, Leonardo com sua bandana azul e par de katanas, Michelangelo de bandana laranja e nunchakus, Donatelo com a bandana roxa e bastão bo, ou o mais novo Rafael com os sai e faixa vermelha, encaramos desafios no presente e viajamos desde o tempo dos dinossauros até um futuro longínquo para poder derrotar o Destruidor de uma vez por todas, salvar nosso tempo e, claro, continuar comendo pizzas.

6 — Marvel Super Heroes: War of the Gems (SNES)

Um clássico da Capcom, que diminou a arte de produzir excelentes jogos da Casa das Ideias, e comum tema bem atua com o Universo Cinematográfico Marvel. No jogo podemos controlar alguns Vingadores: Capitão América, Homem de Ferro, Homem-Aranha, Hulk e Wolverine.

Ao longo das dez fases, incluindo uma passagem pela Amazônia, os heróis partem em busca das Joias do Infinito, os objetos de grande desejo do titã louco, Thanos. O enredo é baseado na história A Manopla do Infinito, de 1991. Os heróis são reunidos por Adam Warlock, que deseja evitar que as Joias caiam na mão de Thanos. Apesar de não ter uma jogabilidade suave, o jogo conseguiu encaixar isso bem com a  dificuldade desafiadora.

5 - Spider-Man & Venom: Maximum Carnage (SNES/Mega Drive)

Os anos 1990 foram a melhor época para os jogos de heróis e muitos tornaram-se clássicos. Com direito a cartucho especial todo vermelho, chegou para a geração 16-bits, em 1994, o jogo Spider-Man & Venom: Maximum Carnage, tendo como base a HQ homônima lançada em 1993.

Reunindo o Cabeça de Teia e Venom, devemos parar o serial killer Cletus Kasady, que hospeda o mesmo simbionte de Venom, dando origem a Carnage. De cor vermelha e muito mais insano e violento que o simbionte preto, Kasady e Carnage se uniram definitivamente. Tudo por conta da personalidade do hospedeiro.

Contando com diversas participações de personagens do universo Marvel e principalmente do Aranha, o jogo contava com uma dificuldade elevada e isso tornou a história muito desafiadora, prendendo os jogadores até o fim.

4 — Captain America: Super Soldier (Multi)

Sem medo de se inspirar em um rival, o Super Soldado ganhou um bom jogo e escapou da lista de piores jogos de super-heróis baseado em filmes. A história pega carona com o filme Capitão América: O Primeiro Vingador, e retrata uma versão diferente para os mesmos eventos.

Com jogabilidade bem similar aos demais jogos de heróis da sétima geração, sistema de combate bem fluido, visual bem acabado e ótimo desafio para aproveitarmos a jogatina, o jogo conta com dublagem de Chris Evans (Capitão América), Neal McDonough (Timothy “Dum Dum” Dugan), Hayley Atwell (Peggy Carter), Sebastian Stan (Bucky Barnes) e JJ Feild (James Montgomery), reprisando seus papéis no filme.

3 — Thor: The God of Thunder (Multi)

Poucos jogos se salvaram na sétima geração em se tratando de super-heróis, e o Deus do Trovão recebeu essa honraria da maneira mais inusitada. Apesar de ser multiplataforma, a melhor versão do jogo foi lançada para Nintendo DS.

Em Thor: The God of Thunder, temos os visuais do filme para caracterizar os personagens, desde Cris Henswoth como Thor ao Loki de Tom Hiddleston. O jogo pega elementos do filme e conta sua própria história de modo animador e cativante, utilizando o clássico estilo Beat ‘em up aliado aos poderes do lendário Mjolnir e bela pixelart.

Vale ressaltar que, assim como em Super Soldier, a versão para os consoles de mesa recebeu dublagem de boa parte do elenco do filme. Além dos irmãos, tivemos Anthony Hopkins (Odin), Jaimie Alexander (Sif), Steven Blum (Ulik), Idris Elba (Heimdall), Mitch Lewis (Ymir) e Rick D. Wasserman (Surtur).

2 — Marvel: Ultimate Alliance 2 (Multi)

A Guerra Civil foi um dos melhores arcos das HQs Marvel, e em Ultimate Aliance 2, serve de base para o enredo do jogo, passando-se um ano após os acontecimentos do conflito entre aqueles a favor do registro dos Super-Humanos, liderados pelo Homem de Ferro, e os contra, liderados pelo Capitão América.

Misturando ação com elementos de RPG e a possibilidade de formarmos nosso grupo com até quatro heróis, toda a ação começa com o Coronel Nick Fury liderando o time composto por Capitão América, Homem de Ferro, Homem-Aranha e Wolverine, que realizaram um ataque ao Castelo da Latvéria após descobrirem os planos da primeira ministra eleita Lucia Von Bardas. Um negócio muito lucrativo, pois ela fornecia armas ao Consertador em troca de super vilões.

1 - Série Batman Arkham (Multi)

O Homem Morcego deixou de ganhar um jogo baseado no premiado filme Batman: O Cavaleiro das Trevas, de Christopher Nolan, mas o resultado não foi dos piores. A Warner Bros. Games entregou à Rocksteady a missão de criar um universo do Morcegão nos videogames. Ninguém esperava que o resultado fosse tão bom.

Em agosto de 2009, chegou Batman: Arkham Asylum, apostando em três elementos importantes: Batman contra Coringa, que sempre chama a atenção, principalmente daqueles que não seguem segue as HQs; uma trama que realmente envolva o jogador; e o difícil: ser acessível aos que tem pouco tempo pra aproveitá-lo e denso para entreter aqueles que querem explorar cada parte do jogo.

Em outubro de 2011, foi a vez de Batman: Arkham City ganhar vida e dar sequência ao primeiro jogo. O que parecia impossível tornou-se real e recebemos um jogo imensamente maior, dando um amplo mapa para ser explorado e nos distrair da missão principal. Além do Charada e seus desafios, temos uma cidade viva precisando de ajuda. Em todo canto.

Já em 2013, foram lançados, simultaneamente, Arkham Origins e Arkham Origins Blackgate, desenvolvidos por WB Montreal e Armature Studios, respectivamente. Em ambos, com tramas sequenciais, vemos o Homem Morcego em suas primeiras missões.

Arkham Knight, o título que promete encerrar a franquia, está sob responsabilidade da Rocksteady e já está entre nós. Com visual da nova geração, Gotham maior do que nunca e um turbinado Batmóvel, há como errar?

Outras aventuras

Muitos jogos ficaram de fora e até mesmo outras aventuras de heróis citados na lista mereciam destaque. Podemos destacar jogos como Spider-Man: Shattered Memories (Multi), que traz quatro diferentes versões do herói com direito a Miguel O’Hara, o Homem-Aranha do ano 2099; Marvel Super Heroes e X-Men: Children of Atom, ambos multiplataforma e ótimos jogos de luta com os heróis Marvel; Death and Return of Superman (Multi), um dos melhores games do Homem de Aço e um dos primeiros a acompanhar um arco da HQ simultaneamente ao seu lançamento. Ainda temos muitos jogos, principalmente na rivalidade Mega Drive x Super Nintendo. Outro grande jogo com personagens da DC e HQ temática foi Injustice: God Among Us (Multi) com direito a um grande trabalho de dublagem na versão brasileira.

Seu jogo favorito ficou de fora? Conte-nos o que achou da lista e qual jogo merecia estar presente.

Revisão: Alberto Canen
Capa: Felipe Araújo
Siga o Blast nas Redes Sociais

Escreve para o GameBlast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.
Este texto não representa a opinião do GameBlast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Você pode compartilhar este conteúdo creditando o autor e veículo original (BY-SA 3.0).