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Análise: Need For Speed: No Limits (Mobile) dá um nitro na franquia

Seguindo a tendência atual de revisitar antigas franquias e levá-las para o mundo mobile, a EA games dessa vez produziu um excelente jogo de corrida.


Antes de passar para a parte técnica, vou começar este texto falando sobre um detalhe fundamental para títulos mobile: diversão. Esse é o caso da atual postura da EA em seus jogos, pois nem sempre um gráfico de última geração salva um jogo chato. Assim como em SimCity BuildIt (Mobile), controles simples e um apelo casual (mas que pode divertir por horas), são o diferencial para atrair novos jogadores para suas franquias tradicionais.

Um jogo sem limites, ou quase

NFS:NL retoma as disputas de carros no melhor estilo Need For Speed Underground (PS). O enredo do jogo começa quando você perde seu carro e uma alma caridosa (ou nem tanto) vai ajudá-lo a não só recuperar seu patrimônio, mas também acabar com grupos rivais e dominar as ruas. História simples e linear, mas que serve de motivo para você estar ali correndo e pegando carros. Depois de um rápido tutorial que nos apresenta a garagem, mercado negro e showroom, aprendemos os controles básicos nas primeiras corridas.


Na garagem podemos alterar as características visuais do carro atual e aumentar os atributos de desempenho (motor, engrenagens e etc). A parte do visual é bastante simples de mudar, pois você compra as modificações com pontos de estilo que são adquiridos de acordo com o número de manobras (drifts, vôos, finais, etc) que acontecem durante as corridas. Nesse quesito o jogo é muito generoso, pois existem muitas modificações. Pode-se mudar até mesmo os espelhos retrovisores. Já na parte do desempenho a coisa fica um pouco mais complicada.

Ao longo do trajeto vão acontecendo disputas, e nessas disputas você vai recebendo prêmios que podem ser dinheiro, peças de carro e diagramas para montar mais carros ou atualizar o atual. Para atualizar um atributo, como o motor por exemplo, você precisa equipar uma carta de motor adquirida. Depois você pode ir fundindo peças nesse motor para aumentar seu desempenho. Tudo muito simples, mas é necessário ter atenção no limite, pois se você passar o carro pode não andar por estar sobrecarregado. Com isso, entram em cena os diagramas que, quando adquiridos, podem aumentar os atributos máximos ou criar carros novos no showroom. Também é ali que é escolhido o carro que vai ser usado nas corridas.

Conseguindo mais peças

O mercado negro é a nossa velha conhecida lojinha, nela você compra pacotes de peças com dinheiro do jogo, ou peças premium com dinheiro real. Nessa parte nada de surpreendente, pois é um jogo freemium. Apesar de gratuito, são as microtransações que fazem com que o jogo consiga financiamento.

Tudo sob controle

Os controles são bastante simples. No início da corrida um acelerador pede que você controle a aceleração para que esta se mantenha na parte verde. Isso dá um bônus na arrancada. Depois os controles acontecem tocando na parte lateral da tela. Deslizando o dedo para cima, o carro usa nitro, deslizando para baixo, o freio de mão é acionado, proporcionando a possibilidade de você fazer um drift. O nitro, assim como em outros jogos da série, começa completo. Quando usado por inteiro, são necessárias manobras para para reabastecê-lo, isso estimula o jogador a usar a criatividade para completar a corrida.


Na batida da corrida

A trilha sonora é outro ponto forte do jogo. Vários artistas compuseram músicas para embalar as corridas, afinal, o que seria um desafio apenas com o ronco do motor? Artistas como “Clutch”, “Flosstradamus”, “Le Castle Vania”, e outros, criaram músicas que vão do techno ao hardcore. Com certeza este é um título para ser jogado com fones de ouvido.

Fazendo bonito no tablet

O gráfico não é o melhor já visto em um jogo de corrida mobile, mas cumpre o que promete e entrega um jogo com um detalhamento interessante. Os elementos da cidade são bem definidos e os detalhes do carro impressionam. Os chefes são apresentados em imagens paradas, ótima sacada da EA, pois tirou CGs desnecessárias para colocar mais detalhes nas corridas. Vale lembrar que são muitos carros para escolher, seria frustrante se tivessem um visual abaixo do media, porém esse não é o caso. Todos os carros aparecem muito bem e suas modificações tornam a experiência exclusiva, até mesmo porque...


Forever Alone

Se você é daqueles que não vivem sem uma disputa online, pode esquecer este jogo. A EA games resolveu tirar o multi-player e focar apenas em uma experiência solo. Pode ser que no futuro resolva colocar as disputas por tempo ou recomendações, como foi visto no NFS: Hot Pursuit, mas isso é uma especulação.

Vale a pena?

Com uma história discreta, porém competente, jogabilidade simples e divertida e gráficos fluidos, este pode ser uma ótima recomendação. A falta de um multi-player não incomoda, aliás, quase nem percebi que não tinha um. A loja não interfere no jogo, servindo apenas como um complemento para a diversão. Apesar de ser um jogo solo, para jogar é necessário uma conexão à internet.

Prós

  • Jogabilidade viciante;
  • Gráficos condizentes;
  • História simples e direta.

Contras

  • Sem multi-player;
  • Precisa estar conectado para jogar
Need For Speed: No Limits - EA Games - Nota: 8.0
Revisão: Leonardo Nazareth
Capa: Diego Migueis

Escreve para o GameBlast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.
Este texto não representa a opinião do GameBlast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


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