Neste domingo, dia 8, também dia das mulheres, foi realizado um evento como há muito não se via na cidade do Rio de Janeiro. O evento Game Dreams, espaço de entretenimento exclusivamente voltado aos games, aconteceu no Centro de Convenções Sul América, mesmo palco da BGS de 2010 e 2011. A área destinada às atrações que viríamos em breve foi recheada de jogos atuais, campeonatos, palestras com youtubers/podcasters, área retrô e muitas outras atrações. E ainda aproveitamos para bater um papo com o organizador do evento e desafiar um de nossos membros no Fliperama. Confira como foi.
Muitas atividades e diversões gamer
Chegamos no Centro de Convenções por volta de 12:00 e, de cara, fomos surpreendidos por uma variedade enorme de consoles novos e antigos, prontos para serem jogados. A animação e receptividade do evento foram sua marca registrada, que incluiu desde jogos atuais até os mais antigos, todos em espaços dedicados.
Em mesas enfileiradas e cadeirinhas aos montes, estava reservado o espaço para jogatinas mais, digamos assim, analógicas. Os Card Games fecharam o espaço com muitos interessados em treinar suas cartas de combate e também negociar alguns de seus cards mais raros.
Torneios, lutas e muitas jogatinas para a galera!
Também foram reunidos jogadores de 3DS para fazer aquele StreetPass esperto. Competições de Pokémon OR/AS e XY permeavam o local, além de jogatinas mais descompromissadas em outros jogos para o portátil. Cabe citar que até o Vita e PSP estavam presentes, para os desacreditados em sua base de fãs.
Falando sobre os campeonatos gamers de verdade, jogos de luta como Super Smash Bros. for Wii U, Ultimate Marvel vs. Capcom 3, Ultra Street Fighter IV e BlazBlue: Chronophantasma concediam prêmios dos mais interessantes, incluindo, nesta seleção, os tão famosos amiibos (sim, eles estavam lá, para a alegria geral). Não deixo de citar também a boa organização com que foram feitos os torneios, com torcidas e muitos olhos vidrados nos personagens nas horas do “pega pra capar”.
Jogadores de Super Smash Bros. rindo da matança alheia...
Mas nem só com lutas se move uma multidão, e, navegando na onda mais movida e ritmada, Just Dance 2015 estava disponível em uma sala dedicada, provando para os gamers que nem só de apertar botões e resolver puzzles se fazem bons games. A galera especialista em passes e coreografias agradece.
Place exchanges
Diversos itens, incluindo gorros gamer!
Uma das propostas do Game Dreams era a possibilidade dada aos membros presentes de efetuarem trocas de games e acessórios. Sabe aquele jogo que você zerou e não joga mais, ou aquela peça que custou um bom preço na época de lançamento, mas que não valia nem metade do preço pago? Então. Era levar, encontrar outros colecionadores (ou não tão aficionados assim nesta empreitada) com os jogos de seu interesse, e fazer o famoso ato de cambiar. A famosa atividade que está presente desde a antiguidade fez sucesso, e não era estranho ver gente anunciando diferentes versões de jogos, consoles e acessórios, até outros ainda nem lançados por estas bandas. Delírio pouco é bobagem.
Os jogos eletrônicos também ocupavam uma parte das vendas
Outro ponto a favor do evento eram as lojinhas nerds. Sabemos como fãs de franquias enchem os olhos só de olhar para algumas das maiores preciosidades/enfeites que envolvem nossos guris prediletos. Pelúcias, camisetas, chaveiros, canecas, gorros, action figures e até jogos, claro, faziam parte do material que estava sendo vendido. Não posso deixar de citar a fofura de alguns, como a pelúcia do Pokémon Togepi e de uma linda réplica de Mario.
Super Mario deu uma passadinha rápida no evento
Do arco da velha gamer
Uma das atrações presentes era o espaço nostalgia gamer. Um local onde podia-se jogar desde os clássicos antigos do Mega Drive, como Sonic the Hedgehog, e Arcades, incluindo Metal Slug, em que pudemos bater até uma partidinha local numa das fases (confira o vídeo de nosso gameplay abaixo, curta e deixe seus comentário).
O espaço contou também com uma parede recheada de capas de muitas revistas antigas sobre o assunto. Elas iam desde edições especiais da saudosa Super Game Power, passando por Videogame, Ação Games, Gamers, até chegar na épica e inovadora Nintendo World, presente até hoje, e com pompa, no mercado.
Não bastasse essa festa literária, uma mesinha, logo abaixo, ostentava uma coleção de consoles antigos, capaz de fazer inveja aos mais veteranos. Possuidora de réplicas tais como um Game Boy lacrado, um Multi Tap de Bomberman para SNES e até um Master System 2, entre outros.
Mesa retrô: máquinas de encher os olhos dos jogadores mais cascudos
Os youtubers/podcasters “Player 2” e “TGS” em mesa redonda
Anunciado antes do evento, em sua página no Facebook, foi feita uma enquete para escolher os responsáveis por canais youtubers a comparecer no evento. Entre famosos e marcas de sucesso, tivemos uma boa mesa redonda que discutiu pontos interessantes e atraiu o público para uma interação espontânea e agradável na tarde da feira.
A galera lotou o espaço para ver a discussão old gamer entre o Player 2 e a TGS
A participação do pessoal do Player 2 e da TGS foi um dos pontos altos do evento. Sempre com bastante humor, eles conseguiram gravar um podcast ao vivo que foi bastante divertido e envolveu bastante a todos que estavam participando do evento. A mesa redonda aconteceu na sala “museu” do evento e com isso, o tema debatido foi focado em jogos antigos e coisas velhas nos videogames.
Em suma, a galera fez uma apresentação empolgante, divertida e generosa. Não foram poucas as vezes em que uma pessoa do público era chamada (o que inclui um dos membros de nossa equipe), seja para responder perguntar toscas, como o que é um podcast, até outras cabulosas, como qual o comando para executar o Fatality de Rayden. Mas sempre regado a bons prêmios, respostas alegres dos fãs e muitas lembranças de tempos passados (rolou até um sistema de locadora dentro de uma casa, entre amigos). Aproveitamos, claro, para tirarmos uma prosa com os caras no final e até tirar aquela foto memorável!
Uma foto arrasadora com a galera do Player 2
O cara do Game Dreams, conversando com Flavio Mello
André Macedo entrevista Flavio Mello
Ao final do evento, conversamos um pouco com o organizador e idealizador do evento, Flavio Mello, que foi super gentil e solícito com a nossa equipe. Ele nos deu algumas notas sobre as dificuldades em realizar um evento deste porte, além de comentar sobre seu sonho em firmar um evento específico de games e reunir um grupo de fãs que curtem e trabalham com o assunto no mesmo lugar. A entrevista é curtinha, mas realizada com perguntas estratégicas sobre o evento em geral, e respondida de forma bem sincera pelo entrevistado. Ah, e foi conduzida pelo nosso editor dos gameplays e unboxings, André Macedo. Destaque também para as gravações que fizemos do evento ao final da entrevista. Confiram abaixo:
Um sonho gamer realizado
O Game Dreams foi mesmo um sonho, como o próprio organizador denomina, realizado neste ultimo final de semana, e muito bem construído, por sinal. As diversas atrações mantiveram o público ocupado por um bom tempo em um espaço agradável e harmonioso, onde tudo era possível, assim como em um sonho, desde enfrentar guerreiros de qualquer espécie, dançar com maracas e até mesmo tocar em uma banda. Aliás, não podemos deixar de mencionar um duo de ocarina (o mesmo do Zelda Day, Thales Alves) e violão que estava presente, interpretando músicas de sucesso deste universo, que incluíam desde temas clássicos de Pokémon e Mario, até as canções mais nostálgicas de Zelda. Ponto para esta atração!
Os Cosplayers marcaram presença no evento, para animar ainda mais!
Torcemos muito pelo sucesso de eventos como este e esperamos que ele se repita outras vezes e que atinja um público cada vez maior. É de eventos assim que o Brasil precisa, e acreditamos que a força gamer se supere ainda mais com o passar do tempo, especializando-se e trazendo uma realidade mais comum a muitos que ainda acham que os videogames são mera atividade infantil. Aliás, em um momento bem legal do evento, víamos duas crianças batalhando em games mais sérios e realistas de simulação e guerra, enquanto que na sala ao lado estavam marmanjões trocando Herbs e discutindo EVs para os seus monstrinhos de bolso preferidos.
Os três consoles de mesa da nova geração reunidos em um momento épico!
Comentários e feedback Blaster
Por fim, reunimos as opiniões dos Blasters que foram ao evento e curtiram passar um dia de sonhos com os games neste espaço (incluindo commetários mais pessoais deste redator que vos escreve). Confira abaixo cada opinião e aumente ainda mais o hype para uma próxima vez!
Cortana (Halo) estava lá
Roberto Rezende, redator GameBlast - "Achei o evento interessante, principalmente para a primeira vez. Houve uma preocupação de se trazer uma alta variedade de jogos e consoles, da geração atual a retrô e com peças nada convencionais (tinha até o adaptador do GameCube para Wii U). Também houve espaço para jogos não eletrônicos, como card games. A presença do Player 2 e do TGS também foi importante para o evento. Claro que existiram falhas, como a pouca comunicação dos eventos do lugar e um certo atraso nos horários, mas é o tipo de evolução que virá nas próximas realizações se houver atenção. É o tipo de evento que nós cariocas precisamos desde a saída da BGS em 2011." Ana Krishna, diretora de Mídias Sociais e redatora GameBlast- “O evento me surpreendeu pela organização e pelo ambiente acolhedor. A ideia de incentivar a troca de jogos entre os participantes do evento foi fantástica, mesmo eu não tendo obtido sucesso nessa empreitada. A grande variedade de jogos e consoles disponíveis para jogatinas e campeonatos foram essenciais para manter a atenção do público e incentivar a interação entre os participantes. Além disso, a presença do pessoal do TGS e do Player 2 fizeram a diferença e animaram ainda mais a galera com sua mesa redonda e com a gravação do podcast ao vivo. Espero que eventos como esse voltem a acontecer com uma frequência maior, pois o público do Rio de Janeiro anda muito carente de eventos tão divertidos.”
Umas dançadas em Just Dance 2015 era de praxe, né...
Até Sheik (Zelda) caiu dentro
André Macedo, diretor de vídeos GameBlast - "Depois da BGS não tivemos muitos eventos de games no Rio de Janeiro, mas o Game Dreams veio com a proposta de reunir o público gamer mais uma vez no solo carioca e abrir as portas para novos eventos no Rio. Para uma primeira edição o resultado foi muito bom e esperamos um novo evento em breve."
Jaime Ninice, redator GameBlast - "O evento Game Dreams foi bem acolhedor e propiciou diversos encontros entre amigos e membros da área de games em geral. As mesas de torneios estavam bem disputadas, algo bem visível, e tive amigos que competiram, outros que trocaram jogos, além daqueles que aproveitaram bastante para por o papo em dia e dar uma boa garimpada nos itens à venda. Ainda foi bem divertido participar de discussões em palco, ouvir músicas (ocarina e violão) de games e bater aquele contra no Fliperama! Deu pra sentir aquela energia vibrante e amiga, típica de um espaço gamer entre amigos. Fica a vontade de que mais eventos assim e maiores voltem a acontecer e que os os gamers se mobilizem e não desistam de homenagear atividades lúdicas como esta."
E os Blasters reunidos novamente, e com direito a itens especiais!
E você leitor, esteve no evento Game Dreams 2015? Reconheceu-se em uma das fotos acima ou gostaria de apontar também seu feedback? Conte-nos nos comentários abaixo e até a próxima aventura!
Colaboração: Roberto Rezende, Ana Krishna e André Macedo
Jaime Ninice
Jaime Ninice é cravista, formado pela UFRJ, e mestre em música na mesma instituição. Sua paixão por games, eventos e revistas o levou a escrever e revisar artigos desde 2010 no @Blast. Hoje é redator das publicações impressas sobre retrogames WarpZone.me
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