Estudo indica que games violentos não tornam as pessoas agressivas

Pesquisador também questiona os trabalhos que relacionam a violência dos games com o comportamento agressivo dos jovens.


Uma antiga polêmica do universo dos games acaba de ganhar novo capítulo. Afinal, jogos violentos podem tornar as pessoas mais agressivas? Segundo estudo realizado pela equipe do psicólogo Christopher Ferguson, a resposta é não. Para chegar a essa conclusão, os profissionais dividiram a pesquisa em duas partes, a primeira analisando a influência dos filmes sobre a população e a segunda verificando especificamente os games.


Para investigar os filmes, a equipe de Ferguson estudou a relação entre a violência no cinema e a taxa mundial de homicídios entre os séculos XX e XXI. O resultado mostrou que na metade do século XX, houve relação moderada entre os dois fatores. Porém, tanto no início como no final deste período a taxa de violência nos filmes cresce, enquanto o número de homicídios diminui, sendo uma prova de que não se pode dizer que um é consequência do outro.

O procedimento para verificar a influência dos videogames foi semelhante, os pesquisadores analisaram o crescimento do mercado de games nas últimas duas décadas e como o número de conteúdo considerado violento aumentou nesse período. A equipe comparou esses dados com os índices de comportamento agressivo dos jovens e chegou a conclusão que a quantidade de jogos violentos aumentou, mas, o comportamento agressivo diminuiu.

Ferguson afirma que sua pesquisa reflete melhor a realidade do que outras, pois ele analisou cenários reais em um longo período de tempo. Já outros estudos, que criam relações entre a violência dos games e a agressividade, são feitos com os participantes sendo submetidos a curtos vídeos, em vez de experiências completas. Em outras palavras, as pesquisas que indicam que jogos tornam as pessoas violentas, normalmente, são feitas fora do contexto do mundo real.


Fonte: Independent

É jornalista e obcecado por games (não necessariamente nessa ordem). Seu vício começou com uma primeira dose de Super Mario World e, desde então, não consegue mais ficar muito tempo sem se aventurar em um bom jogo. Diretor de Redação do Nintendo Blast.


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