Hands-on

Digimon: All-Star Rumble (PS3/X360) traz a terceira edição do torneio digital

Eles vão se transformar, não para salvar o mundo, mas sim para provar quem será o digimon mais poderoso.

Mesmo sendo digitais, há algum tempo não víamos quase nenhum jogo dos famosos digimons chegando ao Ocidente. Como exemplo, podemos citar um dos mais cobiçados da geração de portáteis, Cybersleuth (PS Vita), ou até mesmo o último Digimon Adventure (PSP), lançado no ano passado.



Contudo, para aliviar os fãs da série, a Bandai Namco trouxe a este lado do globo uma nova versão da clássica franquia de torneios digitais entre os monstrinhos, esta que ganha uma nova versão a cada geração. Contando com a demo disponível em um evento fechado à imprensa e outra na BGS 2014, confira as impressões do novo jogo dos campeões!
O título aqui descrito se trata de uma versão em desenvolvimento. A versão final pode diferir.

Um novo motivo para digievoluir

Seguindo a premissa da franquia, All-Star Battle não possui história alguma, apenas uma justificativa para incitar as batalhas que lá ocorrem. A paz reina no Digimundo, lar dos monstrinhos digitais, justamente por isso eles não possuem motivo algum para digievoluir, o que acabou deixando-os entediados. Por isso um novo torneio foi organizado para, além de dar um novo motivo para digievoluir, definir quem será o digimon mais poderoso desta geração.
Como é de praxe, o torneio contará até com a ilustre presença de um dos Lords, Omnimon.

Um pouco dos novos ares

Algo que realmente chama a atenção nesse título é o fato de não possuir mais o mesmo formato que sempre o fez ser assimilado aos jogos da franquia Super Smash Bros., ou seja, um campo em 2.5D onde dois ou mais personagens se enfrentavam. Agora, trata-se de um jogo totalmente 3D com direito de dois a quatro personagens na mesma tela.

Foi possível apenas testar um estágio com quatro digimons distintos e suas digievoluções: Shoutomon, Gabumon, Agumon e Dorulumon, que digievoluem para OmniShoutomon, Metal Garurumon, WarGreymon e Shoutomon X4, respectivamente. Cada Digimon possui, como já era se esperar, suas próprias habilidades e digievoluções, o que faz o jogo variar um pouco, além da finalização de cada digievolução.

Embora dê mais liberdade de movimentação, o campo se mostra um tanto.. pequeno.

“Are you ready to crumble? Let’s start to rumble!”

Para ativar a digievolução, é necessário encher uma barra que fica ao lado dos pontos do personagem. Enchendo-a, o monstro pode digievoluir, fazendo com que esta esvazie. Após digievoluir o monstrinho pode ficar nessa forma por um curto (e coloque curto nisso) período de tempo até voltar à forma anterior. Caso encha a barra de digievolução e já esteja digievoluído, o jogador pode optar por utilizar a finalização daquele digimon, algo já clássico na franquia.

Contudo, para acertar os inimigos com a finalização, o jogador necessita de um posicionamento certo, tendo em vista que o jogo adotou um novo ângulo para a posição da câmera e acaba ficando mais difícil de acertar os inimigos.
Finalizações como a Força Terra estão de volta, mas... um tanto imprecisas, contando com certa área de efeito.
Algo curioso é que os personagens não possuem somente as barras de vida, digievolução e habilidades, mas também um contador de pontos. Esse contador define qual é o digimon campeão da rodada, sendo que os pontos aumentam conforme o lutador nocauteia outros, e diminui, caso seja nocauteado. O digimon com maior número de pontos ao final da luta ganha a batalha.

Novos ares ao Digimundo

Por ter sido possível testar apenas um estágio, a impressão que ficou foi um tanto… confusa. Este era pequeno demais para o que o jogo tenta proporcionar. Enquanto estão em seu estágio de evolução normal, a situação permanece como nos outros títulos, ou seja, proporcional; ao digievoluírem, por outro lado, o campo deixa a impressão de ter ficado pequeno demais para ocupar os quatro lutadores, o que chega a ser estranho.

Assim como nos outros jogos da franquia, há algumas plataformas espalhadas pelo campo que produzem itens aleatórios que podem dar atributos ou penalidades ao personagem que os pegar.

Nos trailers foi possível ver algumas arenas dinâmicas, algo muito presente na franquia de jogos de luta dos Monstros Digitais, contudo não foi o caso da demonstração que nos foi disponibilizada.
Embora haja cenários mais dinâmicos e variados, a demonstração nos deixou apeanas com um cenário limitado.

Novidades um tanto… estranhas?

Para aqueles que acompanham a franquia desde seu primeiro título, o novo torneio poderá parecer um tanto estranho justamente pelas novidades adotadas. O fato de não ser mais em 2.5D e sim em total 3D acaba sendo a maior, mais bruta e arriscada novidade que a empresa adotou ao trazer esse novo título, o que pode acabar sendo algo de bom no fim de tudo, bastando apenas algum tempo para costume, como foi meu caso.

Embora tenha dito isso, a demonstração acabou deixando certa insegurança com relação ao título, pois estava limitada apenas a um modo de jogo com quatro personagens e uma arena para batalhar, sendo que esta sequer possuía elementos dinâmicos para ter maior interação. Além disso, a qualidade gráfica, mesmo respeitando o estilo da franquia, acabou deixando um pouco a desejar, o que, claro, pode vir a ser alterado na versão final do game.

A movimentação dos personagens, embora bem fluida, mostrou-se um tanto lenta, mas nada que não mude com um pouco de tempo de jogatina, como foi o caso com a segunda partida na demonstração disponibilizada na BGS 2014.

Digimon All-Star Rumble continua o legado da franquia de jogos de luta dos Digimons, que são lançados aos consoles de mesa a cada geração que passa. Contudo toma rumos um tanto arriscados e deixa um pouco a desejar com uma desmontração muito limitada. O jogo será lançado no dia 11 de novembro deste ano para PlayStation 3 e Xbox 360 contendo legendas em português do Brasil, algo que tem sido muito frequente e positivo ultimamente com os títulos da Bandai Namco lançados por aqui.
Digimon All-Star Rumble — PS3/X360 — Bandai Namco — Lançamento: 11 de novembro de 2014.
Revisão: Alberto Canen
Capa: Felipe Araujo 

Escreve para o GameBlast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.
Este texto não representa a opinião do GameBlast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


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