Pouca história: isso é um jogo de ação
O enredo de Warhammer 40K: Carnage está longe de ter recebido muita atenção por parte dos desenvolvedores. A ideia era justamente a de concentrar tudo no gameplay, usando a história tão somente como pano de fundo para a ação frenética. O objetivo é bem simples: encontrar o Capitão Tychaeus, que foi dado como perdido após sua queda no planeta Mithra, local onde se passa a jogatina.Nós iniciamos o tutorial com o próprio Capitão Tychaeus, um poderoso Space Marine, bem mais forte que o nosso personagem, inicialmente. Dá até para imaginar quem vai salvar quem com tanta diferença de força. Claro, com o passar do game, diversas novas armas e upgrades, além de mudanças frequentes de níveis, estaremos à altura da missão.
Combos "mortais" e armas poderosas
Diversos títulos procuram soluções para os controles em smartphones e tablets, já que eles não contam com joysticks físicos. Esse não é o caso de Warhammer 40K: Carnage, que preferiu os famigerados controles virtuais. Não são muitas opções, o que facilita um pouco as coisas: três botões do lado direito da tela, sendo um para atirar, outro para desferir danos de curto alcance e o terceiro serve para pular. No lado esquerdo, há outros três: direcional para a esquerda e para a direita, além do bloqueio. Dois outros ficam do lado esquerdo mais acima e servem para granada e life, mas são pouco utilizados, uma vez que se tratam de recursos escassos.Assim que você entra na fase, sabe que está na hora da ação. Correr, atirar, pular alguma plataforma e fatiar inimigos que chegaram mais próximos. Não há muita dificuldade e o level logo chega ao fim. Cada um dura até dois minutos — jogatina rápida e apropriada para um portátil.
Os inimigos são muito repetitivos e quase não há variedade na ação. Diferente mesmo só nos raros momentos que podemos enfrentar chefes e subchefes, quando finalmente devemos usar alguma estratégia que não seja atirar insanamente.
Um dos raros chefes que aparecem no game |
Referência a Mortal Kombat |
Uma simpática caveira indica o que fazer |
Conseguir estrelas é uma tarefa muito importante, já que várias recompensas são conseguidas através de um número determinado delas, assim como para desbloquear o segundo mapa (45 estrelas) e um novo personagem (Blood Angel). Como as fases podem ser repetidas quantas vezes você quiser, basta voltar a elas quando estiver com um nível mais elevado e com melhores armas para adquirir todas as estrelas com facilidade.
O Blood Angel começa tão fraco quanto o Ultramarine |
Rock pesado
A trilha sonora é muito boa e apropriada para o game. Temos um Rock 'N' Roll pesado que deixa o jogador na adrenalina que o gameplay exige. Não dá para ficar parado e, mesmo sem explicação alguma, você já sabe o que precisa fazer: correr e matar.São mais de 50 cenários em dois mapas iniciais que retrataram bem o ambiente da série Warhammer e, ao desbloquear o Blood Angel, outra área do mesmo mapa fica disponível para o personagem. Todos ficam muito bonitos nos aparelhos da Apple, principalmente no iPad, com sua tela maior, que deixa transparecer os detalhes com mais facilidade. Como cada fase é curtinha, essa quantidade é muito pequena e acabamos nos contentando em repetir as fases com a dificuldade mais elevada.
Com controles virtuais que são um quebra-galho na falta de botões físicos, uma trilha sonora muito boa e pesada, além de uma ambientação que faz jus à franquia, Warhammer 40,000: Carnage é uma ótima opção para quem gosta de uma jogatina rápida, com muita matança de inimigos e armas letais.
Prós
- Trilha sonora com ótimo Rock 'N' Roll;
- Muitas armas para upgrades;
- Ação rápida, sem enrolação;
- Ótimos cenários que fazem jus à franquia;
- Replay garantido com novas formas de jogar a mesma fase.
Contras
- Controles virtuais são quebra-galho;
- Pouca variedade de inimigos e chefes.
Warhammer 40,000: Carnage — iOS — Nota: 8.0
Revisão: Catarine Aurora
Capa: Stefano Genachi