Saiba como foi a primeira etapa do CBLOL em Porto Alegre

O GameBlast conferiu como foi a primeira etapa da Liga Brasileira de League of Legends, um marco no eSports brasileiro

É isso aí invocadores, pela primeira vez desde que o Server brasileiro foi criado temos uma competição oficial, semelhante ao estilo das LCS americana e europeia, em solo tupiniquim. A Liga Brasileira – Série Campeões, um dos eventos do Campeonato Brasileiro de League of Legends, é um campeonato por pontos corridos com as seis melhores equipes do cenário nacional. Keyd Stars, CNB, Pain, Kabum, Team United e AWP se enfrentarão em 10 rodadas online ou presenciais com objetivo de conseguir uma das vagas para a grande final em Fortaleza. O GameBlast foi conferir de perto como foi a estreia do evento em Porto Alegre e conta um pouco do que a Riot preparou para essa tão importante estréia.

Uma estrutura digna de LCS

Depois de alguns minutos para entrar na FIERGS, local onde foi o evento, alguns atendentes da Riot aguardavam na porta com um kit que continha uma Skin (Riot Blitzcrank), um bottom de Runa e um par dos famigerados “bastões” para fazer barulho. Ao pegar seu kit então o jogador entrava no evento em si, e posso dizer que a estrutura era muito mais do que eu e muitos que lá foram esperavam. Depois de achado seu assento, que eram muito bem distribuídos e sinalizados, o jogador se via em frente a um palco que não devia em nada a qualquer LCS. Com um telão gigante, onde a ação acontecia em si, e telas menores mostrando os rostos e campeões escolhidos por cada jogador, a Riot Brasil mostrou que sabe montar uma estrutura digna da importância desse evento que é um marco no E-sports brasileiro.

Um primeiro dia problemático

Se a estrutura impressionava fisicamente, a organização dos jogos em si foi o grande problema das pessoas que se aventuraram no primeiro dia de campeonato. Além de um atraso significativo no começo do evento, duas partidas acabaram sendo canceladas por problemas técnicos, atrasando ainda mais as partidas que aconteceriam mais pra frente. Isso fez com que a Riot anunciasse um reembolso nos ingressos de sábado. Esses problemas técnicos acabaram causando outros problemas além do atraso, como as enormes filas no setor de alimentação, já que o pessoal tinha que fazer algo enquanto as partidas não rolavam, não é mesmo?
Vai encarar?
Mas,  por mais irônico isso possa parecer, os problemas técnicos que ocorreram no primeiro dia ressaltaram uma das coisas mais legais para os presentes na primeira etapa da Liga Brasileira: a interação com os jogadores. Com um grande tempo entre as partidas, para que os técnicos da Riot pudessem arrumar os problemas, os jogadores andavam livremente pelo espaço da FIERGS atendendo com muita simpatia a legião de fãs que apareciam, dando autógrafos ou batendo fotos. Vale ressaltar que mesmo no dia seguinte, quando os problemas de conexão foram parcialmente resolvidos, ainda era possível entrar em contato com os jogadores no intervalo entre as partidas.
Jogadores atendiam o público sempre que possível

Calmaria depois da tempestade

Depois de um primeiro dia bem complicado para os que foram à FIERGS, o segundo dia mostrou uma organização “atrás das cortinas” muito melhor por parte da Riot. Logo no começo do evento um responsável da empresa foi ao palco dar um pronunciamento, com um tom de pedido de desculpas, sobre os acontecimentos do dia anterior, avisando que embora os problemas pudessem se repetir, a organização do evento estava preparada e tinha alguns “planos B” caso eles acontecessem novamente.

Para o alívio dos presentes esses problemas não apareceram no domingo (a exceção da primeira partida e algumas pequenas quedas de conexão enventuais, algumas delas causando erros engraçados como na partida entre CNB e AWP na qual era possível ouvir o som usado pelo site Globo Esporte para anunciar um gol no meio da partida). Talvez o único ponto negativo foram novamente os atrasos, já que, apesar de todas as partidas terem sido completadas, a última partida que era prevista para as 17h só pode começar às 20:15.

Agora é hora de falar de LoL

Dados os devidos elogios e críticas à organização do evento, é hora de dar uma olhada nos resultados da primeira etapa da Liga Brasileira. Apesar de todas as equipes terem mostrado um nível muito alto, é inegável que a equipe da Keyd Star sai como grande destaque da etapa presencial de Porto Alegre. Com 3 vitórias incontestáveis, o time composto por grandes nomes do cenário nacional (BrTT, Mylon e Loop), e com os reforços coreanos (Suno e Winged) a Keyd sai de POA com o status de “o time a ser batido” nesse campeonato. Se ao mesmo tempo pode-se enaltecer o trabalho de Mylon e Cia, é preciso salientar a má fase que a equipe da Pain Gaming se encontra. Depois de duas partidas em que a equipe de Kami saiu com uma grande vantagem no early game (contra United e Keyd), a pain não mostrou a força de anos atrás e acabou sucumbindo perante os dois adversários, perdendo inclusive os jogos que se sucederam, sendo a única equipe a sair de Porto Alegre sem marcar um ponto sequer.
Time da Keyd foi o grande destaque do evento
Um destaque positivo para a equipe “revelação” da Team United, que mostrou grande força para virar o jogo citado contra a Pain, levando aos presentes na FIERGS uma das melhores partidas do cenário profissional de LoL já vista nesse ano.

A “LCS” brasileira

É claro que a Liga Brasileira ainda não pode ser comparada as grandes LCS americana e europeia, mas é sim um grande passo para o nosso país ter no futuro uma competição de mesma importância. Se os problemas técnicos infelizmente tiveram um destaque maior do que mereciam, os grandes confrontos e empolgação da plateia deram uma boa amostra de como o Brasil merece sim ser um polo do E-sports no mundo. Portanto invocador, se a Liga Brasileira passar pela sua cidade, não hesite em assistir!

Revisão: Leonardo Nazareth
Capa: Doug Fernandes

Escreve para o GameBlast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.
Este texto não representa a opinião do GameBlast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


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