Análise: Asura Cross (Android/iOS)

em 09/02/2013

Jogos de luta sempre fascinaram muitos jogadores, fissurados pelos combates que se passavam nas telas - primeiro nos arcades , mais tarde ... (por Ok em 09/02/2013, via GameBlast)

Jogos de luta sempre fascinaram muitos jogadores, fissurados pelos combates que se passavam nas telas - primeiro nos arcades, mais tarde nas suas próprias televisões, finalmente em seus celulares. Mas nem todos os jogos de luta têm um final feliz quando encontram estes últimos aparelhos, já que a jogabilidade em uma tela sensível ao toque pode ser prejudicada. Felizmente, este não é o caso de Asura Cross, jogo desenvolvido pela Gamevil para Android e iOS.

Lutas de rua

O gênero não é novidade para ninguém, já que os jogos de luta tiveram seu início e popularização nos anos 80, com Street Fighter e Mortal Kombat. Assim, você já deve estar familiarizado com aquele esquema de enfrentar diversos lutadores diferentes, um atrás do outro, usando combos e poderes especiais para acabar com suas energias vitais.

Asura Cross não é muito diferente, mas, aqui, as lutas são trazidas para um patamar um pouco mais realista, sem poderes surreais e nem mesmo pulos altíssimos. O game deixa tudo no "mano a mano", mão contra mão, pé contra pé. E não pense que ele chega a ser um centímetro menos divertido por causa disso: combates ferrenhos envolvendo combos fantásticos deixarão a maioria dos jogadores empolgados.

Apesar da história surreal, ninguém vai sair voando aqui.

Além disso, a vitória não é definida por uma quantidade limitada de pontos de vida. Pelo contrário, cada golpe bem sucedido representa uma quantidade de pontos para o lutador que o desferiu e, ao final do tempo, aquele que tiver mais pontos vence. Antes que você feche a aba do navegador, é importante saber que os nocautes ainda são possíveis, visto que cada lutador tem sua própria barra de energia. Mas o sistema do game deixa mais difícil que a barra seja esvaziada por completo, já que basta algum tempo longe dos movimentos adversários que o lutador se recupera, forçando o jogador a desferir sequência atrás de sequência de golpes a fim de dizimar a energia vital do oponente, antes que ele possa se recuperar.

E muitos lutadores

Oito, ao todo.
Como não poderia deixar de ser, o game conta com um número razoável de personagens, com variados estilos de luta. Temos, por exemplo, o protagonista do modo história, Jinsu Jeong, um coreano ruivo com um estilo baseado no Tae-Kwon-Do. Além disso, logo no início do jogo já é possível escolher, também, os lutadores Yuuka Sakuraba, uma judoca japonesa, e Shawn "Razor" Kent, um boxeador americano, tendo diversos outros personagens sendo desbloqueados conforme você progride no jogo.

Como já deu para perceber, o modo história não é o único disponível. Nele, você passará, junto com Jinsu Jeong, por uma história sinistra, envolvendo diversas teorias de conspiração, e criaturas fantásticas como alienígenas e vampiros. Apesar de um pouco fantasiosa, a narrativa é muito bem construída, pecando apenas em alguns diálogos rasos e eventos repentinos, sem qualquer tipo de explicação, mas ainda assim capaz de envolver os jogadores. Infelizmente, as músicas que servem de fundo para as cenas desse modo são bastante repetitivas e, em alguns momentos, enjoativas.

O modo história ainda te deixa tomar algumas decisões.

Além dele, também estão disponíveis os modos: arcade, em que você poderá escolher um personagem já desbloqueado e simplesmente enfrentar um adversário após o outro; Asura, no qual você deverá passar por diversas lutas com personagens diferentes, a fim de aumentar níveis e conseguir pontos extras; versus, em que você pode enfrentar outro jogador via WiFi, Bluetooth ou mesmo com dois jogadores no mesmo dispositivo; e, ainda, um modo bônus e outro de treino, no qual você poderá desbloquear novos personagens.

Quase um RPG

Não confunda com Asura's Wrath.
Alguns modos, como o história e o Asura, oferecem a possibilidade de distribuir pontos em uma planilha para aumentar as habilidades dos personagens, os chamados "Asura Points", ou simplesmente APs. Isso dá ao jogo uma sensação de progressão única, concedendo ao jogador a possibilidade de evoluir seus personagens conforme vai ganhando seus pontos.

Infelizmente, para aqueles que não estiverem dispostos a desembolsar valores em dinheiro real, a obtenção de APs é bem demorada, necessitando em torno de 20 APs para melhorar uma única característica, e obtendo apenas 1 AP para cada vez que você passa pelo modo arcade, por exemplo. Certamente uma estratégia frustrante da parte da desenvolvedora para quase obrigar os jogadores a pagar pelos cobiçados pontos.

Prós

  • Uma jogabilidade impecável e muito fluída, baseada mais em deslizar os dedos do que em apertar botões virtuais;
  • História bem trabalhada e recheada de conspiração;
  • Muitas opções de personagens e modos de jogo;

Contras

  • A história falha em alguns trechos, onde o diálogo é raso e eventos repentinos surgem sem qualquer explicação;
  • A estratégia da desenvolvedora em obrigar o jogador a pagar pelos APs pode funcionar muito bem para eles, mas chega a ser frustrante para nós;
  • A trilha sonora do modo história é bastante repetitiva e, em alguns momentos, enjoativa.

Asura Cross - Android/iOS - Nota Final: 8,5

Revisão: Catarine Aurora

Escreve para o GameBlast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.
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