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Prévia: Dragon Ball Xenoverse 2 (Multi) será uma caótica mistura cronológica

Towa e Mira estão de volta para causar problemas ainda mais graves nas linhas do tempo.



Que Dragon Ball é uma franquia extremamente rentável, não restam dúvidas. Basta colocar o rosto de Goku em qualquer mangá, anime ou brinquedo que a enorme legião de fãs espalhada pelo mundo inteiro consumirá os produtos relacionados à obra de Akira Toriyama. Ciente de todo o sucesso, a indústria dos videogames também explora o poder dos sayajins e já lançou mais de 50 títulos inspirados na lenda das sete Esferas do Dragão. Com tanto jogo repetindo o mesmo enredo e alterando pouco as mecânicas de combate, até mesmo os seguidores mais fiéis de Kami-Sama já estavam sentindo-se saturados. Foi nesse cenário que surgiu o primeiro Xenoverse, inovando com uma narrativa totalmente original. A recepção foi tão positiva que só demorou um ano e meio para que a sequência fosse anunciada.


Dragon Ball Xenoverse 2 chega para PlayStation 4, Xbox One e PC no próximo dia 28 de outubro. A versão beta, que esteve aberta durante o último final de semana, mostrou que o título tem tudo para superar seu antecessor, reaproveitando os conceitos de uma aventura inédita e melhorando os pontos que geraram as maiores críticas, por exemplo, a movimentação no hub que conecta todos os modos de jogo foi aperfeiçoada. Além daquilo que foi apresentado nesse período de degustação, ainda podemos esperar muitas surpresas quando o game for lançado, como a participação do terrível Goku Black, antagonista da atual saga de Dragon Ball Super que está sendo transmitida na televisão japonesa.

O fator Xenoverse

Usar o conceito de viagens no tempo para reescrever a cronologia do universo de Dragon Ball foi a grande sacada do primeiro Xenoverse. O enredo, que teve seu desenvolvimento supervisionado por Akira Toriyama, explora o mesmo caminho que já estamos acostumados, começando pela invasão dos sayajins, partindo para a viagem rumo a Namekusei, chegando ao torneio de Cell e à ameaça de Majin Boo. O diferencial foi abordar a trama de maneira diferente, com uma nova dupla de vilões causando alterações na linha do tempo e modificando a história.
Tudo começa na luta contra Raditz


Até certo ponto, criar a narrativa do primeiro jogo não deve ter sido tarefa das mais complicadas, já que a história de Dragon Ball estava concluída e bastava somente modificá-la. Para Xenoverse 2, o desafio é muito maior, visto que temos novos episódios do anime sendo lançados semanalmente. Minha grande curiosidade será ver como o game conseguirá conectar o seu enredo com uma trama que está em pleno desenvolvimento, por exemplo, já temos confirmadas no jogo as presenças de Hit e Goku Black, dois lutadores que foram apresentados ao público há pouco tempo. A grande dúvida é se Xenoverse 2 seguirá os passos da animação ou se usará os novos personagens para trilhar seu próprio caminho.

Fato é que o lançamento do anime Dragon Ball Super, em julho de 2015, foi a principal motivação para um novo Xenoverse. Se não fosse pelo material apresentado na nova obra, dificilmente a sequência chegaria tão rapidamente. Além disso, ter novidades e notícias sobre o desenho pipocando quase que semanalmente é um grande atrativo para aumentar o hype dos fãs e alavancar as vendas do jogo.
Goku Black está confirmado. Será que teremos Zamasu também?

Uma nova ameaça

A certeza que já temos sobre a aventura é que as alterações cronológicas serão muito mais intensas. Por exemplo, na primeira luta contra os sayajins, não somente Vegeta, mas também Nappa acabam se transformando em Oozaru. Mais uma vez as distorções nas linhas do tempo são causadas por Towa e Mira, os vilões do primeiro jogo. Para atingir o objetivo de embaralhar a história e causar o caos, a dupla recrutou Turles e Slug, que aparecem nos OVA’s “A Árvore do Poder” e “Goku, o Super Saiyajin” respectivamente. O grupo conta ainda com um misterioso ser mascarado.

Para defender o fluxo natural do tempo, não assumimos o controle de Goku ou de outros guerreiros conhecidos. O protagonista é customizado pelo jogador e, então, convocado pelos Kaioshins para resolver as distorções. Ter seu próprio avatar dentro do jogo torna a experiência mais imersiva e, para muitos, é a realização de um desejo antigo de ver a si próprio disparando um Kamehameha. Quem jogou o primeiro Xenoverse poderá importar o personagem que foi criado e vê-lo participando também da nova história. O lutador que usamos no passado será parte importante na nova jornada, funcionando como uma espécie de lenda em Conton City e auxiliando Trunks nas batalhas mais perigosas. Será bacana ver dois lutadores criados por você unindo forças com Goku, Vegeta e os outros.
Turles e Slug estão ao lado de Towa e Mira

Ki elevado ao máximo

Como está sendo lançado pouco tempo após seu antecessor, Xenoverse 2 usa praticamente a mesma mecânica de combates. As lutas acontecem em arenas abertas, onde é possível correr ou voar em qualquer direção. Existem três grupos de ataques que podem ser usados, os socos e chutes corpo a corpo, as esferas de Ki e as técnicas avançadas, como o Kamehameha. Usar os movimentos especiais consome energia do personagem, que precisa recuperá-la golpeando o adversário antes de executar uma nova investida mais poderosa. O estilo de luta do protagonista e técnicas que ele utilizará também são escolhidos pelo jogador.

A inovação mais evidente é que agora o personagem principal poderá se transformar para aumentar seus poderes e a forma alcançada dependerá da raça escolhida inicialmente: terráqueo, saiyajin, namekuseijin, majin ou raça freeza. O biótipo do protagonista também causará interferências na exploração de Conton City, que terá áreas específicas para cada tipo de guerreiro. O centro urbano, que dá acesso a todas as opções de jogo, está sete vezes maior se comparado com o do título anterior e permitirá até 300 jogadores explorando-o simultaneamente por seção no modo online.
Transformação do protagonista é uma das novidades


Além da campanha principal, existem as missões paralelas que podem ser jogadas individualmente ou na companhia de até seis jogadores online. Executar as tarefas extras será importante para acumular pontos de experiência e ficar mais poderoso para enfrentar os desafios do modo história. A jogatina pela internet não ficará restrita aos trabalhos cooperativos, também será possível desafiar pessoas do mundo inteiro para testar seu nível em batalhas que podem ou não ser rankeadas. Novos golpes e técnicas serão desenvolvidas através de treinamentos com os mestres, ou então, frequentando a academia do patrulheiro.

Vamos lá buscar as Esferas do Dragão

As poucas alterações na jogabilidade somadas ao enredo que, novamente, promete ser caprichosamente trabalhado são suficientes para justificar a boa expectativa dos fãs. A adição de novos modos de jogo, com destaque para a academia do patrulheiro e áreas específicas para cada raça, promete uma aventura ainda mais completa se comparada com a antecessora. Nem precisaremos procurar as Esferas do Dragão e invocar Shenlong para pedirmos que o título mantenha o bom nível do primeiro game, afinal a expectativa já é que Dragon Ball Xenoverse 2 renda boas horas de diversão.
Dragon Ball Xenoverse 2 — PC, PS4, XBO
Desenvolvedor: Dimps Corporation
Gênero: Aventura / Luta
Lançamento: 28 de outubro de 2016
Expectativa: 3/5
Revisão: Pedro Vicente

É jornalista e obcecado por games (não necessariamente nessa ordem). Seu vício começou com uma primeira dose de Super Mario World e, desde então, não consegue mais ficar muito tempo sem se aventurar em um bom jogo. Diretor de Redação do Nintendo Blast.
Este texto não representa a opinião do GameBlast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


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