Hands-on

Olhando para a revolução no conceito de imersão com o Oculus Rift

Um dos maiores projetos financiados pelo público, seja pelo Kickstarter ou similares, é o visor de realidade aumentada e tridimensional Oc... (por Anônimo em 28/10/2013, via GameBlast)

Um dos maiores projetos financiados pelo público, seja pelo Kickstarter ou similares, é o visor de realidade aumentada e tridimensional Oculus Rift. Além de simplesmente servir de simulador 3D, ele também possui sensores de movimento e giroscópios para aumentar ainda mais a amplitude de movimentos do usuário. A equipe do GameBlast pôde testá-lo durante a Brasil Game Show. Confira nossas impressões!

No mundo da lua

Provavelmente você já se deparou, alguma vez, querendo se sentir imerso e envolvido pelo jogo usando telas maiores, sentando mais perto da TV, apagando a luz da sala e fazendo o máximo possível para que sua atenção seja dominada pelo game. Apesar de não ser necessariamente esse o objetivo primordial, o Oculus Rift tem essa ótima vantagem. Limitar o campo de visão do jogador através do visor (e com o auxílio de fones de ouvido como testamos) lhe transporta para o universo do jogo de uma forma nunca antes vista. É fácil esquecer do próprio lugar em que você está após alguns poucos minutos com o visor acoplado ao rosto, e, certamente, quando o dispositivo vir a público, um certo nível de moderação será requerido. Nossa própria noção de equilíbrio foi facilmente afetada pelos movimentos do jogo, mas sensações ruins como essa vertigem devem ser evitadas se o usuário o utilizar sentado ou realizar pausas frequentes durante a jogatina.

A sensação de imersão se deve ao campo de visão muito maior do Oculus Rift, se comparado à outros visores

Um controle alternativo

Além das questões de imersão, uma das promessas do Oculus Rift é de ser uma alternativa ao mouse e ao segundo analógico dos controles. Nos jogos que pudemos testar — Team Fortress 2 e Minecraft — essa função era utilizada para controlar a visão em primeira pessoa do jogo, o que traz uma sensação de imersão maior ainda para o jogador. De uma forma similar aos ponteiros infravermelhos do Wii Remote, o Oculus traz uma precisão e escopo de movimentos e resposta bem maior na mira de jogos dessa espécie, superando o obstáculo físico do mouse ou as limitações espaciais dos analógicos dos controles. É claro que o Oculus Rift poderá, também, ser especialmente incorporado à jogos exclusivos que utilizem seus sensores de formas mais criativas e que não se resumam à shooters em primeira pessoa, mas como o produto ainda não foi lançado, ele ainda depende da força de modders e entusiastas para incorporar suas funções em jogos que já existem.

Jogos como Team Fortress 2 ficam mais intuitivos com um giroscópio acoplado à visão

O primo distante do Virtual Boy

A outra função do Oculus Rift — a de trazer gráficos estereoscópicos por um visor — também é uma ideia que já existia há algum tempo. O Virtual Boy tinha a proposta de permitir que os jogadores tivessem experiências tridimensionais, mas falhou por questões de design e por ter uma tecnologia 3D primitiva. O Oculus Rift tem noção desses problemas passados e oferece muitas opções de apoio ao usuário. Regulagem de tamanho, profundidade do campo de visão e ajuste de grau para pessoas que usam óculos são algumas das funções que cobrem os erros passados e tentam trazer mais conforto ao jogador. Um fator que, nos nossos testes, não pode ser superado, contudo, foi a baixa resolução em que o jogo rodava (em um notebook), o que impediu que víssemos com clareza as informações escritas da HUD.
Vale lembrar que, para usufruir ao máximo de um Oculus Rift, você precisará processar em dobro os gráficos dos jogos que costuma rodar no seu computador: uma imagem para cada olho. Então, se você se interessa pela tecnologia e as possibilidades imersivas que o Oculus Rift poderá proporcionar, o melhor é se precaver e fazer um upgrade para ter certeza que poderá usar o dispositivo com a máxima performance e a melhor resolução possível, garantindo a devida qualidade visual.

Lembre-se de que o Oculus Rift precisa processar os gráficos do jogo em dobro para torná-lo tridimensional aos olhos do usuário

O Oculus Rift promete trazer uma tão desejada revolução no cenário de games para computador utilizando uma forma mais imersiva e contagiante de se jogar. Até ele ser lançado — e possivelmente ter o apoio de importadoras nacionais — ficamos apenas na vontade de usá-lo ainda mais e descobrir outras novas experiências que só ele poderá trazer.

Revisão: José Carlos Alves
Capa: Daniel Machado

Escreve para o GameBlast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.
Este texto não representa a opinião do GameBlast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


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