Plug and Blast

Conheça o Sega Genesis Activator, o vovô dos controles de movimento

Os controles de movimento fizeram um grande sucesso na geração passada. Seja com o Wii Remote, que acabou por difundir essa ideia, pelo ... (por Gabriel Toschi em 08/09/2013, via GameBlast)

Os controles de movimento fizeram um grande sucesso na geração passada. Seja com o Wii Remote, que acabou por difundir essa ideia, pelo PlayStation Move, que até agora não entendemos porquê tem uma bola piscante na ponta ou pelo Kinect, que acabava por mostrar que não necessitamos de nada além do nosso corpo para desfrutarmos de um videogame.


Só que eles não foram os primeiros a trazer esta ideia de não precisar usar botões. Uma empresa já tinha tentado trazer isto anteriormente e felizmente não estamos falando da Power Glove. É hora de conhecer o Sega Activator, periférico lançado para o Genesis (conhecido por aqui como Mega Drive) em 1993 e o real precursor dos controles de movimento.

Sem câmeras ou acelerômetros

Olha a propaganda brasileira!
Se o Kinect precisa de uma câmera super avançada e os sistemas do Wiimote e do PS Move são cheios de acelerômetros, o Activator ainda não dispunha de tecnologias tão avançadas como essas, então teve que se virar com sensores de infravermelho.

Na realidade, a ideia básica do Activator é bem geniosa: um octógono dividido em oito partes, cada uma com um sensor infravermelho que poderia captar o calor corporal dos jogadores. Um botão ou uma das direções do direcional do controle original do Genesis é atribuido à cada um destes sensores e cada vez que uma parte do corpo do jogador tocar a área de captação deste sensor, a ação relacionada ao botão é realizada. Tirando uma calibração do aparelho, que devia ser feita a cada vez que fosse jogar, tudo parecia bem simples e intuitivo, não?


Além disso, você poderia jogar qualquer jogo do Genesis com o novo controle, afinal, ele simulava todos os botões de um controle comum. E ainda tinham alguns jogos pensados totalmente para o Activator, como Street Fighter II, Mortal Kombat e Comix Zone. Sério, tinha como isso dar errado?

Uma tecnologia à frente de seu tempo

Bom, deu errado e o Sega Activator não fez sucesso e acabou se tornando mais um fracasso da empresa. O primeiro é que ele não podia ser usado perto de fontes de luz superiores ou espelhos, já que isto atrapalhava os sensores infravermelhos. O segundo é que ele era muito caro, custando 80 dólares no seu lançamento, o que era uma pequena fortuna.

E vamos ser sinceros: o terceiro motivo é que usá-lo era quase como uma aula bizarra de ginástica naquela academia de fundo de quintal. No mínimo, era engraçado ver as pessoas tentando jogar alguma coisa.


O Sega Activator foi capaz de prever a tendência que o mercado seguiria anos antes de seu lançamento, assim como o Virtual Boy conseguiu com os gráficos 3D, por mais que não funcionassem em sua época como deveriam. Qual jogo do Mega Drive você queria ter jogado com o Activator? Diga nos comentários!

Revisão: Ramon Oliveira de Souza
Capa: Vitor Nascimento

sempre com projetos criativos, estranhos ou os dois ao mesmo tempo. desenvolvedor de software, game designer e escritor sobre as coisas que eu gosto.
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