Os jogos preferidos de 2017 - Flávio A. Priori

Os redatores do GameBlast falam sobre os títulos que mais curtiram entre os lançamentos deste ano.

O ano de 2017 está chegando ao fim e como de costume, é hora de fazer algumas listas, para recordar o que de bom e de ruim aconteceram nesses últimos 12 meses. Para nossa alegria, os videogames tiveram um ano excelente, com dezenas de grandes lançamentos de alta qualidade. Por motivos de “a vida não é fácil” acabei deixando passar algumas coisas, que estão na fila para 2018, como NieR: Automata, Horizon: Zero Dawn, Hellblade: Senua’s Sacrifice, Cuphead e mais alguns outros.

Mas eu vim aqui falar sobre o que eu joguei. A lista não está ordenada em um ranking, apenas fui listando o que mais gostei entre os lançamentos do ano. Espero que gostem.

For Honor (Multi)

For Honor pode não ter sido um jogo primoroso em seu lançamento, mas é um título que realmente merece alguma atenção se a temática de batalhas de espadas lhe atrai. O sistema de combate criado pela Ubisoft foge completamente do padrão visto por ai, tornando as lutas entre samurais, vikings e cavaleiros realmente interessantes.

Ao longo do ano, For Honor recebeu diversas atualizações de conteúdo e ajustes que ainda mantem o jogo vivo. Especificamente agora em dezembro foi realizada uma grande fase de testes para a alteração do sistema online, reclamação antiga dos jogadores: vai embora o pareamento ponto a ponto, chegam os servidores dedicados.

O game ainda sofre de alguns escorregões aqui e ali, mas acredito que assim como fez com Rainbow Six: Siege, a Ubi consiga consolidar For Honor como um jogo de longo prazo. As bases das lutas são bem divertidas, é só uma questão de aparar as arestas.


Stories Untold (PC)

Não sou muito fã de jogos de terror mas eu tenho pra mim que é bom apreciar outras obras fora da minha zona de conforto vez ou outra. Foi assim que, também guiado por bons comentários, joguei Stories Untold e digo que é um jogo excelente na sua proposta e execução.

Stories Untold traz um visual que nos remete aos anos 80, mas não é só nisso que ele nos leva de volta ao tempo. Uma das essências do gameplay é reproduzir os antigos adventures de texto, aqueles que nem “gráficos” tinham. Nunca cheguei a jogar algum desses jogos, mas confesso que essa “mecânica” ainda desperta minha curiosidade.

Mas Stories Untold é mais do que só um ataque de nostalgia. Ele faz um ótimo uso desse sistema antigo para contar sua história. Essa fusão gera ótimos momentos ao longo dos quatro capítulos, com trilhas aparentemente soltas e que no final se amarram de forma muito inteligente.


Nioh (PS4/PC)

Classificar Nioh como um mero “Dark Souls de samurai” é um dos maiores erros que você pode cometer ao falar sobre o mais recente jogo da Team Ninja. Digo isso pois o título é muito mais do que só uma cópia, dando personalidade e formas próprias as bases que ganharam fama nos jogos da série “Souls”.

Nioh é um jogo desafiante, no qual erros são punidos sem dó, mas arriscar também pode ser recompensador. O sistema de recuperação de KI e as diferentes instâncias de combate dão ao jogador as ferramentas necessárias para jogar de forma ofensiva. As vezes você é esmagado no chão como uma panqueca? Sim, mas sempre vale a pena tentar.

O que mais me chamou atenção em Nioh foi seu level design, nas interligações e atalhos no meio das fases. Quanto ao sistema de armas, não gosto muito de jogos que usam loots diversos, mas me adaptei rápido e, fazendo da maneira certa, dá para tirar muito proveito disso.


Assassin’s Creed: Origins (Multi)

falei aqui no Blast como gostei de Origins, que foi uma volta triunfante de uma série que não merecia as escorregadas que sofreu nos últimos anos. A aventura de Bayek, que pra mim empata com Ezio em carisma mesmo que por diferentes motivos, é maravilhosa, dando novo vigor para o credo dos Assassinos.

Nos meses seguintes ao lançamento, foram publicadas mais atualizações gratuitas, como o modo horda e os desafios dos Deuses, que dão mais vida ao jogo. Em março entrará o modo educacional, que servirá como um museu interativo do Antigo Egito. Tudo isso mostra o quão comprometida a Ubi está com esse projeto e que ela entendeu que a qualidade de um trabalho deve estar acima da quantidade.

Recomendado tanto para quem já fãs antigos como para novatos, Origins volta a elevar o patamar da franquia para o alto. Já era hora.


Doki Doki Literature Club (PC)

Doki Doki Literature Club é um daqueles jogos que quanto menos você sabe, melhor é a experiência, por isso vou tentar falar sem entregar muito dos seus segredos.

O game é uma Visual Novel que conta suas aventuras no clube de literatura do colegial. Se você gosta do gênero e sabe como funciona uma Visual Novel, Doki Doki, começa de forma bem tradicional, e aos poucos vai mostrando seus atributos únicos. O começo pode ser meio lento, mas isso não é algo gratuito. A construção de personagens, embora meio bobinha, carrega algumas nuances deveras interessantes.

Por outro lado, se você nunca pegou nada do estilo, pode ser um bom momento para tentar algo novo. Saiba que vai ter muito texto e inicialmente as escolhas são bem poucas, mas a recompensa vale muito a pena. E o jogo é gratuito no Steam, só vai!


Sonic Mania (Multi)

Como um fã da Sega desde as épocas do Master System, não houve alegria maior nesse 2017 do que poder jogar Sonic Mania, uma obra prima como a muito não víamos para o nosso querido mascote azul.

Que Mania é um golpe certeiro na nostalgia isso foi claro desde o primeiro trailer, mas o jogo é muito mais do que um mero ataque de oportunidade. Com a produção encabeçada por Christian Whitehead, essa nova aventura de Sonic amplifica tudo o que os antigos tinham de bom e adiciona diversos outros elementos. Cada fase traz algo novo, e mesmo os estágios antigos não são meras cópias, mas reinvenções muito inteligentes.

A frase “feito de fãs para fãs” é bem clichê, mas foi exatamente isso que aconteceu em Sonic Mania e graças a esse verdadeiro mutirão de pessoas dedicadas e apaixonadas por Sonic que tivemos a um dos melhores jogos da franquia.


Menção Honrosa: One Shot (PC)

One Shot foi lançado em dezembro de 2016 com uma expansão em março desse ano, e foram por pouco mais de 20 dias que não o coloco como meu jogo favorito publicado em 2017. Mas definitivamente uma das melhores experiências que já tive com games.

Assim como Doki Doki, aqui vale a regra de quanto menos você saber melhor, embora por motivos diferentes. Em One Shot nossa figura como jogador é reconhecida pelo jogo, não somos “O” protagonista, mas uma entidade que o acompanha e guia nos principais momentos, em uma execução primorosa do recurso da quebra de quarta parede, tanto na parte narrativa como no gameplay.


E você amigo leitor? Chegou a jogar algum desses jogos? Deixe ai seu comentário!

Formado em Game Design, desistente da Matemática Aplicada e atualmente cursando Jornalismo. Ainda aguardo o retorno triufal da Sega, fã de Metal Gear, Dark Souls e várias coisas vindas lá do Japão.
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