Hands-on

Transformers: Devastation (Multi) mistura diversas nostalgias dos anos 1980

O jogo mistura os famosos robôs-veículos com um divertido beat-em-up.


Enquanto explorava os diversos jogos disponíveis na Brasil Game Show, encontrei essa pérola um pouco abandonada em seu canto. Também, a competição ali era pesada, já que ao seu lado dentro do estande da Sony tínhamos Street Fighter V, Destiny: The Taken King, Until Dawn e PES 2016. Uma fila mais curta e o fato de já ter jogado os outros me chamou a atenção, e lá fui eu testar Transformers: Devastation. E não me arrependi nem um pouco.

Você pode não ter visto, mas Transformers: Devastation estava lá!

Nesse lançamento tanto a história quanto o visual da primeira animação de Transformers, o que remete à década de 1980. Megatron e seus Decepticons descobriram um modo de transformar a Terra em um planeta cibernético, e não ligam se isso vai matar toda a vida do planeta para criar uma nova casa para os robôs. Porém, a equipe de Autobots não vai permitir que isso aconteça, então cabe a Optimus, Bumblebee, Wheeljack, Sideswipe eGrimlock deterem a ameaça ao nosso planeta.

O visual dos personagens é inteiramente feito em cel-shading, deixando-nos bem parecidos com o visual da primeira animação. E as vozes dos personagens na sua maioria foram refeitas por seus dubladores originais da versão norte-americana, retomando ainda mais o aspecto nostálgico da coisa. Seria bem legal se a publisher Activision tivesse tomado esse mesmo cuidado no lançamento brasileiro, assim como foi feito com Cavaleiros do Zodíaco: Alma dos Soldados.
O visual dos personagens e da base dos Autobots é todo baseado na animação original

Máquinas ao trabalho

Pude testar a jogabilidade tanto com Bumblebee e Sideswipe, assim como assistir alguns jogadores utilizando Optimus. E gostei muito de tudo que vi, pois cada personagem possui combos próprios e movimentos exclusivos, se encaixando com seu visual e habilidades. Os combos podem ser misturados com golpes na sua forma de veículo, o que é bem divertido e efetivo de se executar. Também é possível se transformar em sua forma de veículo para locomoção mais rápida ou esquivar de algumas ameaças.
"Always on the Run" do Lenny Kravitz cairia bem como trilha sonora nessa cena.

O início do jogo vai lhe ensinando os golpes e movimentos, como um tutorial. Basicamente, você está uma cidade genérica tentando desativar os aparatos de energia instalados pelos Decepticons. Esses aparatos são protegidos por uma legião de inimigos genéricos, e eventualmente algum dos outros Autobots lhe ajuda durante as missões. E novos tipos de inimigos são introduzidos antes das atividades começarem a parecer repetitivas. Essas inovações podem ser inimigos voadores, que requerem armas de fogo ou até mesmo o gigante Devastator. Ele é uma combinação de diversos outros Decepticons, formando um poderoso e formidável oponente.
O gigante Devastator é um dos primeiros inimigos da história.

A cidade explorada é um cenário bem limitado, e pelo que levantei do jogo, não existem outros tipos de cenários. Isso é um dos pontos negativos aqui, já que é bem estranho um poderoso robô não conseguir destruir uma pilha de entulho ou subir em qualquer edifício. A desenvolvedora Platinum Games se limitou a criar fases lineares, com objetivos bem simples. Porém, essas fases também contêm diversos itens colecionáveis, para fazer com que os jogadores explorem os mapas ao máximo.

Transfomers: Devastation foi lançado sem muito alarde no dia 6 de outubro, e está atualmente disponível para PC, PlayStation 3, PlayStation 4, Xbox 360 e Xbox One. E parece ser um jogo obrigatório para fãs da eterna guerra entre Autobots e Decepticons.

Capa: Felipe Araujo
Foto: Matias Lessa Vaz

é formado em Administração de Empresas pela USP, e mestre em cultura inútil pelas experiências de vida. Desde 1993 gosta de explorar o mundo dos games em seu tempo livre. Pode ser encontrado reclamando da vida no Facebook e Twitter.
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