Um trabalho arqueológico
Mega Man Legacy Collection não é apenas um port, ao contrário do que pode parecer. Diferentemente das diversas versões já lançadas anteriormente, nas quais ocorria uma emulação das versões de NES, o processo de desenvolvimento partiu de uma engenharia reversa para reescrever o que foi feito. Em uma linguagem mais acessível, é como se você pegasse um arquivo .exe do seu computador, fosse capaz de abrí-lo e usasse aquilo como rascunho para um novo trabalho. Em linguagem mais leiga ainda, a Capcom desenterrou um dinossauro e montou ele do jeito que era antes.
Destaco: do jeito que era antes. A equipe fez questão de reproduzir fielmente a sensação de jogar em uma TV de tubo, sendo esta uma das customizações possíveis ao se jogar. Até as quedas de frame, causadas pelas limitações do NES (curiosidade: o NES rodava jogos a 60fps) foram reproduzidas fielmente. Sendo assim, não se assuste se, mesmo com este trabalho todo, você encontrar algumas lentidões na fase de Magnet Man. É de propósito.
Uma das funcionalidades que eu mais gostei (e agradeci!) de terem colocado é a opção do tiro automático ao segurar um botão. Para pessoas que não tem muita paciência para button mashing, trata-se de uma ótima funcionalidade inserida.
Desafios e músicas!
Duas das funcionalidades mais importantes de Mega Man Legacy Collection são a lista de músicas e os desafios. Na lista de músicas, podemos ouvir todas as músicas presentes nos Mega Man de NES (1 ao 6). Nos desafios presentes na demo, podemos fazer boss rush, jogar trechos de fases em speedrun ou enfrentar inimigos clássicos, como o Yellow Devil. Isso para cada um dos Mega Man presentes. Podemos ver o replay depois e nosso resultado estará na lista mundial de pontuações do jogo.Se você quer reviver as primeiras aventuras do eterno mascote da Capcom mais uma vez, de uma forma diferente, mas com um charme antigo, não deixe de conferir Mega Man Legacy Collection.
