Top 10

Prepare o coração ao ver os dez maiores sustos da história dos games

De dinossauros intrometidos a monstruosidades das profundezas, confira nossa seleção de dez sustos que são de parar o coração!

Noite de Halloween. Mais uma vez estamos aqui no dia em que o véu entre os vivos e os mortos parece cair, e a linha entre o natural e sobrenatural parece ainda mais tênue. Com isso, é normal ter cuidado ao olhar para trás ou na virada do corredor, nunca se sabe o que encontrará lá. Não acredita? Então embarquem conosco neste Top 10 listando os maiores sustos da história dos games, e veja que, nesse Dia das Bruxas, teremos muito mais travessuras do que gostosuras...

10. O fantasma do elevador

Aposto que não esperava encontrar Pokémon nessa lista. Contudo, esse caso em específico foi de deixar qualquer jogador de Pokémon X/Y (3DS) de cabelo em pé. A questão é que esse jogo é tão sinistro que ganhou uma matéria dedicada ao seu lado sombrio no Halloween do ano passado. Esse é somente um dos muitos casos sinistros que rondam a região de Kalos, mas é de longe o que mais chocou os jogadores habituais da franquia.


O que acontece é simples: ao adentrar uma certa sala na cidade de Lumiose, o jogador é recebido por uma garota, um NPC que se comporta diferente de todos os outros. Após dizer que o jogador “não é o escolhido”, ela desliza para fora de cena e nunca mais é vista. Ainda que não seja um monstro pulando na sua cara, não é de se esperar que algo assim aconteça em um jogo como Pokémon, o que fez esse susto entrar no nosso décimo lugar.

9. Uma visita inesperada

Muitas coisas assustam por aí: monstros, aberrações, zumbis, vampiros, seres espreitando na escuridão e dinossauros. É, dinossauros. Qual é, você não ficaria aterrorizado se um réptil gigante surgisse na sua frente do nada e com cara de estar procurando um lanche? É um cenário perturbador. É seguindo essa premissa que temos Dino Crisis (PS), um jogo que foge dos padrões e cria um cenário de ação-terror com predadores reptilianos.


A cena acima é uma das mais famosas do jogo pelo simples fator susto. O jogador fica diante de uma porta com código sem saber como proceder, então é necessário voltar. No entanto, o retorno não é tão simples quanto pode parecer, já que um certo monstro colossal está te esperando do lado de fora do prédio. Contudo, era de se esperar que Dino Crisis deixasse essa tensão no ar: ele foi feito por Shinji Mikami. Não sabe quem é? O criador da série Resident Evil e do jogo que ocupa a próxima posição da nossa lista.

8. Uma autópsia antes da hora

Uma das maiores revelações da geração, The Evil Within (Multi) mostra Shinji Mikami misturando as origens de suas obras (como Resident Evil) com uma nova abordagem psicológica e carregada no horror. Com monstros espreitando por todos os cantos, é de se esperar que o perigo ronde a cada virada e cada nova área explorada. Mas e em um momento de calmaria, espera-se o perigo?


Em determinado ponto do jogo, o jogador precisa fazer uma autópsia em uma da criaturas daquele inóspito território. Contudo, ao entrar na faca, o corpo não reage de forma muito amigável, fazendo o jogador sentir vontade de jogar o controle na parede por puro reflexo. Claro, é uma reação natural se assustar quando algo que deveria estar morto começa a agir. É por isso que sempre é perturbador quando eles começam a andar, ou muito pior.

7. Os mortos no fundo do poço

Pessoas que jogaram The Legend of Zelda: Ocarina of Time (N64) em suas infâncias ou a versão remasterizada pra 3DS ficaram marcadas para sempre pelo calabouço Bottom of the Well. Literalmente o fundo do posso é um local perigoso e macabro, mas não somente por ter um ambiente perturbador que lembra muito um calabouço medieval onde centenas de almas foram torturadas. Não. Tinham de existir ReDeads lá.

Seu primeiro contato com essas pragas é logo ao chegar na Hyrule futura de Ocarina of Time, contudo é aqui que vemos eles num habitat que favorece muito sua natureza macabra. Parecem inofensivos a princípio, pois são extremamente lentos, mas seja pego no raio de visão de um deles e um grito súbito irá marcará sua alma pra sempre. Chegue no alcance de seus braços pútridos e eles te envolverão num abraço mortal. Mas a maior ameaça de Bottom of the Well possui mãos muito mais assustadoras. Mãos da morte.


Dead Hand deve ser um dos inimigos mais absurdos e tenebrosos já feitos para a franquia Zelda. Quer dizer, são braços saindo do chão que, ao te agarrar, te prendem para que um cadáver gelatinoso e decomposto saia do chão e tente te devorar. O pior nem é o fato dessa criatura existir, porque existem outros de nível até pior em jogos como The Evil Within. Mas esses jogos são jogos de terror. Zelda é jogado por crianças também. O que tinha na cabeça, Nintendo?

6. Latidos do além túmulo

Fãs de Resident Evil estão pelos quatro cantos do mundo, um dos pioneiros em trazer zumbis para os videogames. Contudo, os primeiros mortos-vivos que deixaram os jogadores em pânico não eram humanos. Na verdade, nem antropomórficos as criaturas eram. Tente quatro patas. Tente o melhor amigo do homem.


Considerado um dos primeiros grandes sustos do mundo dos jogos, a cena dos cães de Resident Evil (PS) é muito aclamada. A única coisa mais assustadora que os cães brotando do nada e cercando o jogador é o fato de que os controles da época eram péssimos, e isso somado ao desespero dos inimigos e da surpresa criam uma situação memorável para qualquer um que passou por essa experiência. Mas claro, existem situações bem mais desesperadoras.

5. Queimando seu filme

Fatal Frame (Multi) é um jogo de terror que mexe muito com o psicológico por dar uma única arma ao jogador contra uma legião de fantasmas: uma câmera fotográfica. O que complica mesmo é o fato de que os fantasmas só aparecem em dois momentos: quando se aponta a câmera pra eles ou quando se é atacado. É por isso que nunca se sabe quando um inimigo vai aparecer.


Você pode estar olhando para uma parede comum e ela ser, na verdade, um fantasma. É preciso olhar de todos os ângulos diversas partes do jogo. Com isso, o clima de tensão já vai debilitando sua sanidade, até que, após um momento de calmaria, você puxa a câmera e se depara com um inimigo perto. Perto demais. Não tem coisa pior do que olhar pro mal e ele olhar de volta para você.

4. A curiosidade matou o ladrão

Falando em olhar, Thief (Multi) é um jogo interessante de stealth (estilo espionagem) onde o personagem usa de vários métodos para infiltração, inclusive a famosa técnica do lock picking (abrir fechaduras sem a chave). Contudo, uma precaução básica antes de abrir uma porta é ter certeza que não tem nada do outro lado, então é sempre bom observar pela fechadura antes. É aí que mora o problema.


Logo no começo desse vídeo está uma cena onde o protagonista precisa sondar o que aguarda do outro lado de uma das muitas portas do jogo e é recebido com uma não-tão-agradável surpresa. Vale lembrar que Thief não é um título de terror, então com certeza não se espera encontrar algo assim. Aliás, sobra cenas bizarras no jogo, como podem conferir no restante do vídeo. Mas nada que se compare ao que vem a seguir.

3. Não olhe para trás

P.T. (Multi), o teaser jogável de Silent Hills, guardava uma série de surpresas para aqueles que tinham coragem de explorar seus corredores. A surpresa agradável era a revelação de que havia um novo game da série Silent Hill por vir, com Guillermo Del Toro e Hideo Kojima na produção. A surpresa ruim é… Bem, é só vocês verem.


O ambiente de P.T. não ajuda em nada desde o princípio, mas o mal pode surgir de qualquer canto nesse cenário perigoso e cruel. O fato de estar completamente desarmado só piora a situação, o sentimento de impotência é fragilizante, como é de praxe em Silent Hill. Mas veja o lado positivo: o terror aqui é um só.

2. Terror inanimado

Antes de iniciar esse trecho, preciso fazer uma confissão: eu tenho uma leve tendência a ter automatonofobia (medo de bonecos e fantoches). Desde pequeno sou perturbado com aquelas bonecas de porcelana com olhares frios e mortos atravessando a alma de quem tem o azar de compartilhar o mesmo espaço que elas. Dito isso, deve ficar claro o quão fiquei perturbado ao jogar Condemned 2: Bloodshot (Multi) e me deparar com essa cena:


O verdadeiro terror dessa cena é o fato de que não há uma ação em específico que faça os manequins se mexerem, eles simplesmente o fazem. Você não vê eles se movendo, eles apenas se movem. Você fica com medo de piscar e, no instante seguinte, eles estarem na sua cola. O sentimento de incerteza e instabilidade é o que faz dessa cena uma das mais perturbadoras da história dos jogos.

Mas o gran finale da nossa lista vai te deixar com as mãos tremendo.

1. O desespero na palma da mão

Eu era muito novo quando joguei The Legend of Zelda: Ocarina of Time pela primeira vez, e lembro de ter amado a liberdade que eu tinha na exploração dos desafios do jogo. Contudo, bem antes de me traumatizar com Bottom of the Well, eu tive uma experiência ruim. Estava desbravando o primeiro templo no futuro e me vi paralisado. Eu não sabia como prosseguir naquela sala, e fiquei olhando em volta. Então, um som grave, profundo foi preenchendo o ambiente. Eu não sabia o que significava. Uma sombra começou a cobrir Link e me desesperei. O que era aquilo? Foi tudo que tive tempo de pensar antes de soltar o controle no susto quando uma mão caiu do céu, tomando meu personagem para longe de mim.


Sério, não tinha coisa mais horrível, desgastante e desesperadora que ser agarrado por um Wallmaster. É um jogo que crianças também jogam, gente. Essas mãos já estavam presentes na série desde o primeiro jogo, mas sua aparição em Ocarina of Time foi uma das mais assustadoras na série. Não bastasse o fato de serem horripilantes por si só, ainda existe a variação Floormaster, que, diferente da irmã que prefere os tetos, fica no chão e avança contra você sem medo de suas armas. Ou seja, se acostumou com a tensão de enfrentar a mão que cai do céu? Ótimo, então se vire com a que fica no chão também e fique sem saber como reagir quando ela não voltar para cima. Boa sorte.

Menções honrosas

Slender: The Arrival (PC): tanto esse game quanto seu antecessor, Slender: The Eight Pages (PC), inspirados na lenda alemã do Slenderman, foram sensação nos últimos anos pelo clima de tensão que os jogos colocam. O foco não é causar sustos, mas deixar o jogador sob a constante sensação de estar sendo observado, e apavorar ao olhar para trás e ver o homem esguio em seu encalce. Foi por isso que, em The Arrival, a cena a seguir pegou muitos jogadores desprevenidos ao sair da zona de conforto (?) instituída pela série.


Clock Tower (SNES): um dos primeiros survival horrors da história e, de longe, um dos meus favoritos. O fato de não ter como se defender e usar uma garota indefesa é desesperador em muitas das cenas do game. Mesmo naquela época ele sabia empregar alguns sustos, mas o seu nêmese não é, exatamente, assustador. Não entende do que estou falando? Confira o vídeo e diga nos comentários se o oponente é “à sua altura”.


Outlast (Multi): outro dos jogos que se popularizaram pelo puro terror que é imposto ao jogadores que passam por ele, Outlast deixa qualquer um aterrorizado com os monstros que o seguem. Porém, muitas vezes temos cenas em que o inimigo não precisa fazer nada para nos deixar em pânico: o que ele fez no passado ainda nos assombra. Está confuso? A cena a seguir fala por si só então:


Eternal Darkness (GC): é fácil falar de sustos quando eles envolvem apenas o seu personagem. Mas e quando o medo atravessa a tela e atinge diretamente o jogador? É essa a moral de Eternal Darkness, que conta com uma série de “efeitos de sanidade” que não somente influenciam no comportamento dos personagens, como também com o jogo em si. Imagine que, após uma determinada porção da jogatina, você vai salvar o seu percurso. Distraído, você se depara com a seguinte tela e aperta A sem pensar. Até você perceber que era tudo apenas um desses efeitos, o seu coração já parou.


E isso conclui a nossa coletânea das cenas mais assustadoras do mundo dos games até o presente momento. Concorda? Discorda? Deixem nos comentários quais outras cenas marcaram suas vidas. Se tem algo que todos nós temos em comum é que o terror já assombrou cada um de nós algum dia. Mas se tem algo de diferente é que, ao menos eu, não tenho ninguém olhando para mim igual esse aí atrás de você.

Bons sonhos.
Revisão: Alberto Canen
Capa: Diego Migueis

Escreve para o GameBlast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.
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