Blast Test

Blast Test: FIFA 15 (PC) mostra o que a nova geração trará aos campos virtuais

A EA Sports mostra para o mundo o que pode fazer a franquia FIFA com as tecnologias da nova geração

Se muitos jogos se utilizam de um largo prazo para serem produzidos, sim Blizzard estou falando de você, outros apostam em sequências constantes como forma de polir a franquia, e lucrar mais com isso ao longo dos anos. FIFA é talvez um dos casos mais bem sucedidos dessa estratégia de mercado, ao se consagrar cada vez mais como o melhor e mais divertido simulador de futebol e deveras de qualquer esporte. E agora, para continuar o que começou com seu antecessor, FIFA 15 dá as caras na nova geração para mostrar o que a EA Sports é capaz de fazer com o acréscimo de poder que a oitava geração trouxe para o mercado. Será que também teremos uma nova geração da franquia?

Dentro de campo

A primeira sensação ao abrir o demo de FIFA 15 (não esqueça de colocar os gráficos no máximo, caso seu computador seja capaz de tal, pois eles vêm por padrão em uma configuração mais baixa) é a de estar dentro de um estádio. Logo de cara somos apresentados a um confronto entre Liverpool e Manchester City no famoso estádio Anfield, e já podemos perceber porque a EA Sports insistiu tanto que a versão desse ano da franquia fosse a mais imersiva de todas. Desde aspectos fundamentais da ambientação, como a torcida e o estádio em si, até pequenos detalhes, como o fato das bandeirinhas de escanteio agora poderem ser usadas nas comemorações de gols, tudo parece ter sido feito com um capricho incomum para um jogo que é lançado anualmente.
Outro destaque desse ano, e que também pode ser visto na versão de demonstração, é a inclusão definitiva da Barclays Premier League (primeira divisão inglesa) no jogo. Além da presença dos 20 estádios e seus respectivos clubes, algo inédito na história da franquia, diversas faces foram recriadas para se assemelharem ainda mais com suas contrapartes reais (a chance de fazer uma substituição por um jogador “sem rosto” é quase zero nos times do campeonato inglês disponíveis na demo) . O resultado disso? Uma partida da Premier League nas suas mãos.

Uma grata surpresa

Ao terminar a partida entre os dois gigantes ingleses, você certamente ficará com um enorme gosto de “quero mais” ao clicar para encerrar o confronto no menu final. E é aí que a EA escondeu uma ótima surpresa para os jogadores, já que além de uma introdução ao modo Ultimate Team, o game conta com 8 times para serem utilizados no modo amistoso sendo eles: Liverpool, Manhcester City, PSG, Chelsea, Borussia Dortumnd, Napoli, Barcelona e Boca Juniors. Isso, associado ao fato do game permitir a possibilidade de mais de um jogador, faz a demo de FIFA 15 uma ótima oportunidade para você reunir os amigos para ver se tudo que eu digo aqui é verdade ou não.

Os melhores do mundo na palma da sua mão

Essa afirmação pode parecer estranha em um primeiro momento, afinal a franquia FIFA sempre deteve as licenças para recriar os maiores craques do globo em seus jogos, mas ao jogar algumas horas de FIFA 15 você entenderá bem o que eu quis dizer. Graças a uma nova tecnologia chamada Emotional Intelligence, os jogadores agora reagem aos diferentes eventos que ocorrem durante a partida, possuindo inlcusive uma memória para tal. Determinado jogador errou dois gols em sequência? Pode apostar que você o verá ficar mais nervoso e irritado a medida que mais chances são desperdiçadas.
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A posição mais solitária

Se a imersão é a grande aposta da EA Sports para essa edição da série FIFA, a grande mudança na jogabilidade do game vem da posição mais “injustiçada” do futebol: os goleiros. Esse que sempre foi um dos grandes pontos fracos da franquia, visto que os guarda-redes antes possuíam animações muito “mecânicas” e travadas, foi remodelado de forma completa, com novas animações e reações aos diferentes tipos de chutes desferidos contra os mesmos.
Essa mudança, ao meu ver, é uma faca de dois gumes para FIFA 15. Por um lado, nunca os goleiros pareceram tão semelhantes com suas contrapartes reais, realizando defesas de puro reflexo e até mesmo tomando alguns frangos, algo que não era comum nos jogos anteriores e que, apesar de trazer alguns momentos de irritação (quando é o seu goleiro que falha), é algo que acontece com certa frequência no futebol moderno.

O grande problema, entretanto, com essa nova gama de animações é a dificuldade que essas trouxeram ao game. Se em FIFA 14 era uma tarefa relativamente fácil marcar um gol, em especial fora da área, realizar a mesma ação em FIFA 15 é uma tarefa semelhante a atravessar o Water Temple em Ocarina of Time. Ok, ok. Talvez eu tenha exagerado um pouco, mas o fato é que nunca na história da franquia foi tão difícil marcar um gol, algo que pode causar estranheza aos jogadores que, como eu, acompanham a série há alguns anos. Com algumas defesas que beiram o impossível, a EA Sports provavelmente terá que rever essa nova mecânica para balancear melhor os goleiros para os próximos jogos que virão.

Só falta a bola rolar

Com uma demonstração completa e cheia de recursos, a EA Sports fez questão de mostrar ao mundo a confiança que essa tem em seu produto final. Embora o game esteja longe da perfeição, as diferenças para seu sucessor são perceptíveis, mostrando que a franquia ainda tem espaço para fazer a bola rolar na nova geração. Com diferentes datas de lançamento ao redor do globo, FIFA 15 chega ao Brasil no dia 9 de outubro.

Revisão: Leonardo Nazareth
Capa: Douglas Fernandes

Escreve para o GameBlast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.
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