Conheça a lenda de Cartman, o Grande Mago de South Park: Stick of Truth

South Park: The Stick of Truth (X360) foi a grande surpresa do mês de março, sendo considerado por algumas publicações como o melhor jogo do mês que passou. A aventura dos moleques desbocados mais famosos da TV foi traduzida para os videogames de maneira fiel e, principalmente, hilária. Divididos em duas facções, os meninos da cidade guerrearam pelo famigerado Stick of Truth, que dá ao seu portador o controle total do universo.

De um lado, temos os elfos negros, reinados pelo “maligno” rei elfo Kyle, dominador das forças elementais. Para se opor a toda a maldade dos orelhudos, temos o grande protetor da grandiosa raça humana: o Grande Mago Cartman, homem mais poderoso do planeta e conhecedor dos profundos segredos arcanos (não queiram saber o quão profundo são). Ou é pelo menos assim que o Cartman gosta de se descrever.

Obs: O artigo abaixo contém spoilers de South Park: The Stick of Truth. Leia por sua conta e risco!

O grande salvador da humanidade

Por centenas de anos, o Grande Mago protegeu seus súditos humanos contra as constantes invasões dos elfos negros. A partir dos fundos de sua casa, o condado de Kupa Keep, é possível visualizar todo seu reinado, além de salvaguardar o Stick of Truth. Um conto de tamanha bravura inspirou o pequeno e rechonchudo Cartman a assumir o papel do grande mago, sendo sua escolha “natural”. Ou a escolha que satisfaz melhor sua arrogância.

Claro que qualquer resquício de bravura do personagem escoou pelo ralo ao ter Cartman como seu intérprete. Com a mesquinharia e covardia de Cartman, o Grande Mago se tornou um personagem hilário, que se esconde até mesmo da bela princesa Kenny e não hesita em utilizar comentários e xingamentos racistas contra seus inimigos. Ainda assim, será ele quem guiará o garoto novo nos caminhos da flatulência arcana, ao mesmo tempo que tira sarro de seus súditos.

O ânus mais poderoso da Terra, ou seria a boca?

Não há como negar que o Grande Mago Cartman tem o poder de fogo mais explosivo do jogo, se é que me entendem. Enquanto não domina a potente arte do Nagasaki, dominado apenas por profissionais como Randy Marsh (o pai de Stan), o Grande Mago Cartman compensa essa falta com seu arsenal de palavrões. Para poupar seus esforços, o mago utiliza seus mísseis mágicos, manchados com o sangue de sua principal aliada para reduzir a moral de seus oponentes.

A partir daí, Cartman traz o arsenal pesado e prova ao mundo que seus peidos podem incinerar e explodir seus oponentes. Se combinados com as técnicas ancestrais que Randy Marsh ensinou ao novato, os inimigos se renderão em poucos turnos.

Mas, se o objetivo é terminar a luta de uma vez só, é chegada a hora do mago proferir as palavras proibidas. Xingamentos como c#@!0, m&%*@ e e$!#0!0 invocarão a ira da natureza e despejarão uma tempestade elétrica para obliterar todos os oponentes.


Apesar de todo o seu poder destrutivo, o Grande Mago Cartman é um grandioso frouxo e rapidamente cederá caso se torne um alvo frequente, deixando tudo nas mãos do Novato, pra variar. Uma boa estratégia é protegê-lo enquanto desfere suas poderosas magias, ou utilizar o poder ofensivo combinado de ambos os personagens para acabar com tudo na primeira rodada.

Cadê sua barba, Dumbledore?

Com orçamento precário e muita imaginação, os meninos de South Park montaram suas indumentárias, se inspirando no clássico Dungeons & Dragons para compor seus personagens. Já Cartman optou pelo caminho preguiçoso e usa uma roupa genérica de bruxo, adaptada para as cores de sua roupa normal. Aparentemente alguém esqueceu de avisá-lo que o RPG era inspirado em D&D, e não em Harry Potter.

Para encerrarmos, não podemos deixar de saber sua opinião: como foi utilizar o Grande Mago Cartman na campanha principal do jogo? Se tornou seu companheiro principal ou ficou esquecido? Comigo, por exemplo, ficou ao relento, sendo substituído pelo incrível (e inútil) bardo Jimmy. Já ouviram sua canção sobre a donzela de Stoneberry Hallow? Ela não falava muito mas…

Revisão: Rafael Neves

Capa: Diego Migueis