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Análise: Acelere com um DeLorean e viaje pelo espaço-tempo com Marty McFly em Back to the Future: The Game (PC)

Muitas pessoas são fãs declaradas de viagens no tempo e acabam gostando de quase tudo que traz essa temática, incluindo The Legend of Zeld... (por Gabriel Toschi em 18/07/2013, via GameBlast)

Muitas pessoas são fãs declaradas de viagens no tempo e acabam gostando de quase tudo que traz essa temática, incluindo The Legend of Zelda, Chrono Trigger, Doctor Who e, claro, não se pode esquecer de Back to the Future. Se você é uma destas pessoas, logo adianto: leve sua empolgação a 88 milhas por hora e saiba que Back to the Future: The Game é compra certa para você.

Great Scott! Que história é essa?

A história do jogo é uma continuação à trama original dos filmes e que foi dividida pela equipe de desenvolvimento em cinco episódios: It’s About Time, Get Tannen!, Citizen Brown, Double Visions e OUTATIME, o grande finale da história. A parte boa da divisão por episódios é que você não precisa da parte anterior instalada no computador para jogar a próxima, ótima pedida para quem sempre tem pouco espaço sobrando no disco rígido.


Toda a trama ainda se desenvolve em cima das cinco famílias originais dos filmes: a família McFly (de Marty), a família Brown (de Doc), a família Tannen (de Biff), a família Parker (de Jennifer, namorada de Marty) e a família Strickland (a mesma de Gerald, diretor da escola de Marty nos filmes), de qual vem Edna Strickland, principal causadora dos atos que permeiam a história do jogo.

Tudo começa quando o DeLorean aparece de volta em 14 de maio de 1986, sem nenhum piloto e uma mensagem de Doc para Marty, que deveria salvá-lo de uma prisão em 1931, dando início à história que faz jus à do filme, com alterações nas linhas do tempo, pessoas desaparecendo por falta de matrimônios no passado e até a criação de presentes alternativos de acordo com as mudanças, além de preencher vários espaços nas árvores genealógicas das famílias do universo de Back to the Future.

A introdução do jogo traz a história já conhecida dos filmes antes de apresentar a nova.

Se você ficar esperando com muita ansiedade para querer saber o que vai acontecer em seguida durante as jogatinas... somos dois. É completamente normal: a história é realmente boa, mesmo que controlemos apenas Marty durante todo o jogo.

Como se viaja no tempo mesmo?

Eu nunca tinha ido muito fundo no gênero dos jogos adventure por falta de interesse mesmo. O máximo que cheguei foram alguns joguinhos point and click feitos em Flash. Mas BttF: The Game me inseriu neste universo de vez e eu talvez não poderia ter encontrado um jeito melhor para começar por causa de um único sistema implantado no jogo: o sistema de dicas.


Toda vez que não souber o que fazer, você pode abrir o painel de dicas e receber alguns empurrõezinhos para sua criatividade saber o que fazer, algo que pode ser muito útil em alguns momentos de bloqueio criativo. Porém, a última dica sempre será exatamente o que você deve fazer e você pode pedir este recurso quantas vezes quiser durante o jogo, o que o torna extremamente fácil. Se quer um pouco de desafio, é bom nem chegar perto das dicas.

Falaremos sobre os gráficos mais tarde, mas a movimentação pelos cenários é algo que atrapalha um pouco, infelizmente. Não existe um controle para movimentação apenas da câmera - exceto quando Marty está imóvel - tendo que movimentar o personagem para ver outras partes do mapa. E a cada parte do cenário que você alcança, é como se você começasse a ver tudo em outro ponto de vista e esta mudança deixa você perdido no começo até se acostumar.


Ah, claro, os puzzles! Onde já se viu um adventure sem puzzles? Back to the Future está cheio deles, desde os básicos (no estilo “encontre um item e use aqui”) até alguns mais complicados, que demandam uma quantidade maior de conversas e itens, que são apresentados com uma curva de aprendizagem bem interessante. E o melhor é que em alguns puzzles nos quais é necessária uma combinação aleatória ou a ação, nem mesmo o sistema de dicas os resolve por completo e você terá de quebrar a cabeça para resolvê-los.

Gráficos ao longo do tempo

Exceto algumas partes específicas de alguns episódios, a maioria do jogo se passa na praça central de Hill Valley, em diversas épocas e presentes alternativos. Em todos os cenários, o jogo tende a cair para um lado mais cartunesco do que realista ao máximo, que forma uma atmosfera bem legal para o game.

A trilha sonora é algo que acompanha, mas que não se destaca no conjunto de Back to the Future: The Game. Ela aparece mais nas cenas de ação - a.k.a. quando a coisa tá pegando fogo (e eu estou falando do clima e não do DeLorean) - ou quando aparecem as músicas do filme, como Back in Time ao fim do jogo ou o tema de Back to the Future ao fim de cada episódio.

“De Volta para o Futuro” onde você joga BttF: The Game

Se você é um fã da trilogia De Volta pro Futuro, um bom amante dos jogos adventure ou está a fim de uma aventura com viagens no tempo sem parar, Back to the Future: The Game é uma ótima pedida! É só pegar seu DeLorean, sentar no banco, ligar o capacitor de fluxo, alcançar as 88 milhas e se divertir em Hill Valley com Marty McFly!

Prós


  • História digna de um Back to the Future;
  • Ótimo adventure, com ótimos puzzles;
  • Sistema de dicas ajuda os mais novatos no gênero;
  • Gráficos combinam com a proposta do jogo;
  • Divisão por episódios facilita para quem tem pouco espaço no HD.

Contras


  • Movimentação pelos cenários é confusa às vezes;
  • Sistema de dicas é quase um “detonado” dentro do jogo;
  • Trilha sonora aparece pouco durante o jogo.

Back to the Future: The Game - PC - Nota: 9,0

Revisão: Vitor Tibério
Capa: Douglas Fernandes

sempre com projetos criativos, estranhos ou os dois ao mesmo tempo. desenvolvedor de software, game designer e escritor sobre as coisas que eu gosto.
Este texto não representa a opinião do GameBlast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


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