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Análise: Criatividade ilimitada com Maxwell em Scribblenauts Unlimited (PC)

Quando o novo jogo da série Scribblenauts foi anunciado para fora dos consoles Nintendo, em sua versão para a Steam, todos ficaram esp... (por Gabriel Toschi em 24/02/2013, via GameBlast)


Quando o novo jogo da série Scribblenauts foi anunciado para fora dos consoles Nintendo, em sua versão para a Steam, todos ficaram esperando o que viria a aparecer. Unlimited traz muitas novidades: um mundo aberto, uma história, um criador de itens e gráficos em alta definição. Você já pode conferir aqui no GameBlast como ficou a versão de Wii U. Agora vamos ver o que a versão de PC nos espera!

Um caderno, dois irmãos, muitos problemas

A primeira coisa que você vai reparar em Unlimited é que agora terá o porquê de usar seu caderno mágico para procurar Starites. O jogo finalmente traz uma história, contando a origem de Maxwell, filho de dois historiadores aventureiros que, contando com o nosso protagonista, tiveram 42 filhos. O caderno é um presente dado pelos dois a Maxwell e sua irmã Lily, juntamente com um globo mágico, capaz de teletransportá-los para todo o mundo.

Uma vez irmãos, sempre irmãos...
Como toda criança gosta de fazer coisa errada, os dois decidiram enganar um velho dando uma maça envenenada para ele. Resultado? Não, ele não teve uma desinteria, mas jogou uma maldição em Lily, transformando-a em pedra! As Starites são as únicas que podem salvá-la, surgindo a partir da felicidade das pessoas, e Maxwell vai atrás delas. Por mais que seja um pouco infantil, a trama traz um bom ensinamento ao final, com um lema digno da frase da Warner: “Isso é tudo, pessoal!”. Além disso, as cinemáticas que aparecem no começo e no fim são muito bonitas e totalmente dubladas por Lily em português do Brasil!

Bem-vindo ao mundo aberto! 

Scribblenauts é uma série inovadora, de fato. Trazendo a mecânica do caderno no primeiro jogo e a adição dos adjetivos no segundo, ele sempre trazia os desafios divididos em fases lineares, com um desafio a ser cumprido. Unlimited quebra isso trazendo um mundo aberto que pode ser visitado a partir de um globo, com alguns locais para serem visitados. Ao entrar em um deles, é possível ver diversos NPCs e objetos, trazendo dois tipos de desafios

Em português, por algum motivo, o nome da maioria das fases lembra algo de Matemática ou Língua Portuguesa. Sério.
A NPC loira traz um desafio
de Starite completa.
Alguns desafios trazem Starites completas e podem ser acessados por NPCs com o símbolo de starite. Eles são muito semelhantes às fases encontradas nos demais jogos da série, sendo, em certa forma, mais complexas que as outras. Ao começar uma, ele refaz o mapa com outros objetos e até dá uma nova vestimenta para Maxwell. Outros desafios, entretanto, dão fragmentos de Starite e são bem mais simples. Eles estão disponíveis em mais quantidades e podem ser encontrados em praticamente todos os NPCs, sendo necessários apenas um objeto ou adjetivo para ser completado. 

Por mais que esta adição funcione muito bem e seja muito bem-vinda, senti falta de um dos maiores apelos da série: usar objetos inusitados para resolver as situações. Nos antigos títulos de DS, você podia completar uma fase de forma definitiva ao usar um número diferente de objetos para cumprir o mesmo desafio. Conseguir todas as fases em definitivo era como zerar 100%, além de um ótimo incentivo a usar diferentes objetos. Com o mundo aberto isto se perdeu, mesmo tendo algumas “missões globais” somando mais de 200 pedaços de Starites, que podem ser feitas em qualquer mapa.

E o Steam Workshop? Vai bem, obrigado 

O novo jogo não se chama Unlimited à toa: ele é realmente ilimitado. Esta característica veio de uma simples ideia: o criador de objetos. Você pode fazer qualquer objeto no criador e ele poderá ser criado, a partir de então, pelo caderno mágico de Maxwell. Na versão de PC, porém, isto foi aliado ao Steam Workshop, onde você pode encontrar e baixar facilmente todos os objetos disponibilizados publicamente. E eu posso dizer que não poderia haver combinação melhor. 

Antílopes no criador de objetos de Scribblenauts Unlimited
Se as versões pra 3DS e Wii U têm os personagens de Mario e Zelda nativamente, a versão da Steam não perde pra ela nesse quesito. Já é possível encontrar estes e muitos outros personagens de jogos, filmes, séries e livros, e muito bem feitos, considerando que o criador é um pouco limitado. 

Ser ou não ser um Scribblenaut? 

O jogo tem gráficos muito bonitos e simpáticos, seguindo o estilo do jogo que persiste desde o DS (sendo em HD, claro). Talvez as músicas que repetem em algumas fases se tornem entediantes durante a jogatina, principalmente se você ficar parado em algum dos desafios. A maioria deles será fácil e você completará sem problemas, mas existem alguns que darão um pouco de trabalho por serem muito específicos: isto acaba criando um pico brusco de dificuldade comparado aos outros enigmas, mas nada que prejudique a jogatina. 


Scribblenauts Unlimited é um ótimo jogo, principalmente se você é um daqueles jogadores que gosta de colocar a imaginação pra funcionar! Junte-se a Maxwell para salvar Lily e veja o que aquele caderno pode fazer nas suas mãos. 

Prós

  • A primeira “história” de um jogo da série Scribblenauts;
  • Cinemáticas totalmente dubladas em português;
  • Jogabilidade em mundo aberto bem executada;
  • Criador de itens, deixando o jogo realmente ilimitado;
  • Integração perfeita com o Steam Workshop;
  • Gráficos bonitos e simpáticos.

Contras 

  • Falta de incentivo para usar os objetos mais inusitados;
  • Músicas às vezes repetitivas e enjoativas;
  • Criador de itens um pouco limitado.

Scribblenauts Unlimited - PC - Nota: 9,0

Revisão: Jaime Ninice

sempre com projetos criativos, estranhos ou os dois ao mesmo tempo. desenvolvedor de software, game designer e escritor sobre as coisas que eu gosto.
Este texto não representa a opinião do GameBlast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


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