Blast Test

Blast Test: Ingress (Android)

No final do ano passado o anúncio de um game revolucionário me cativou de maneira que nenhum outro jamais tinha feito, tanto que, mesmo sa... (por Ok em 27/01/2013, via GameBlast)

No final do ano passado o anúncio de um game revolucionário me cativou de maneira que nenhum outro jamais tinha feito, tanto que, mesmo sabendo das limitações de meu smartphone (que, cá entre nós, estava mais para um dumbphone), registrei meu e-mail para uma conta beta. Mal adquiri meu novo aparelho e recebi um convite para jogá-lo. Coincidência? Ou será que realmente tem alguma força invisível lá fora tentando nos controlar?

O jogo

Primeiramente, é bom saber do que o jogo se trata. Um grupo de cientistas europeus descobriu uma misteriosa forma de energia, chamada "Strange Matery" ("Matéria Estranha", em tradução livre), ou simplesmente "XM", cuja origem e propósito permanecem um mistério. No entanto, pesquisadores tendem a acreditar que esta energia está influenciando a maneira como pensamos e é preciso controlá-la ou ela nos controlará.

Prepare-se para enxergar o que mais ninguém enxerga...

No game existem duas facções distintas: os "Enlightened" ("Iluminados", em tradução livre), que buscam abraçar o poder que esta energia pode nos dar, e os da "Resistance" ("Resistência", em tradução literal), que buscam proteger a humanidade e tudo o que dela restar da energia. No game, você faz parte de uma dessas duas facções e deve percorrer o mundo real a fim de sustentar sua causa.

Jogando

A primeira mensagem que recebi na tela de meu Android, que também foi repetida na voz de uma simpática mulher em meu fone de ouvido, foi a de aquilo que eu pensava ser um jogo era, na verdade, uma iniciativa real e que os XMs realmente estavam lá para controlarem ou serem controlados. Para descobrir como afetá-los, primeiramente eu deveria passar por um treinamento.

Matéria Estranha: você não pode vê-la se não tiver um scanner certificado.

E a primeira coisa que eu descobri ao aceitar minha primeira missão de treinamento foi a de que eu ia começar a gastar para jogar Ingress: gastar meu plano 3G, gastar a bateria de meu celular com o GPS, e gastar minha própria energia indo de um lado para o outro no mundo real.

Antes de tudo, foi preciso coletar um pouco de Matéria Estranha a fim de carregar meu dispositivo. E não pense que basta chacoalhar o smartphone ou fazer uma sequência de comandos com botões virtuais para tal: você precisa literalmente ir à caça. Na tela do aparelho aparece um GPS com sua localização atual e pontos luminosos indicam aonde é possível encontrar XMs. Para coletá-los é necessário aproximar-se deles, literalmente.

O jogo real é bem menos dramático, mas você quase pode sentir que algo assim está realmente acontecendo.

Depois disso tudo ficou mais simples: uma vez que eu tinha minha própria reserva de Matéria Estranha, pude começar a brincar com os portais de energia. Como era eu quem escolhia onde criar meu primeiro portal, pude escolher um lugar seguro para tal, sem ter mais a necessidade de me locomover muito. Meu objetivo era criar um campo de energia, o que consistia em criar e hackear três portais e uni-los uns aos outros, operação que se passaria apenas na tela de meu smartphone a menos que eu me distanciasse dos portais no mundo físico.

Escolha seu lado

De que lado você está?
Logo depois de passar pelo treinamento, uma voz bem diferente da suave e angelical operadora era emanada de meus fones de ouvido: tratava-se de uma mensagem de Jarvis, aparentemente o líder dos Iluminados, um homem de fala forte que me contava como os XMs deveriam ser usados pelo bem e pela evolução da mente humana, ao invés de serem temidos e combatidos. Suas palavras ficaram gravadas em minha mente: "XM is power. XM is evolution. XM is all" (algo como "XM é poder. XM é evolução. XM é tudo"). Em seguida, duas opções me eram mostradas na tela, permitindo que eu escolhesse o lado da Resistência ou o dos Iluminados. Mas veja, não estou querendo forçá-lo a optar por nenhum dos dois lados, pois esta é uma escolha pessoal.


Depois disso, basicamente tudo o que você deve fazer é procurar e controlar os portais de sua cidade, trazendo, assim, mais poder para sua facção. Lembre-se que este pode não ser um trabalho dos mais fáceis, mas o jogo traz um chat integrado onde você pode mandar mensagens para todos os jogadores ou apenas para os de sua facção.

Ainda em beta

Mesmo sendo um jogo interessantíssimo que lhe põe para procurar e controlar monumentos, prédios e outros locais do mundo real, Ingress ainda está em estágio beta - motivo pelo qual estamos fazendo um Blast Test, ao invés de uma Análise. Isso, obviamente, implica em todos os possíveis problemas para um game ou aplicativo em estágio beta, como travamentos frequentes e escassez de locais ativos. Mas, se você tiver a sorte de morar em uma metrópole, vai conseguir jogar normalmente. E, mesmo se morar em uma pequena cidade do interior, poderá ajudar o projeto Niantic enviando possíveis locais de interesse para enriquecer o jogo. Certamente Ingress é um título que ainda vai dar muito o que falar.

Revisão: José Carlos Alves

Escreve para o GameBlast sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0. Você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.
Este texto não representa a opinião do GameBlast. Somos uma comunidade de gamers aberta às visões e experiências de cada autor. Escrevemos sob a licença Creative Commons BY-SA 3.0 - você pode usar e compartilhar este conteúdo desde que credite o autor e veículo original.


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